O deputado federal Adolfo Viana (PSDB) acredita que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, irá disputar novamente o governo do Estado, em 2026.
Neto começou uma movimentação no interior em abril, mas não tem declarado na entrevista que é pré-candidato a governador.
“Não tenho dúvida nenhuma que ele será candidato a governador e acho que ele vem com uma realidade bem diferente de 2022, onde ele larga na eleição como franco favorito e ao longo da eleição ele vai perdendo musculatura e o final nós conhecemos… mas por que eu acho que essa é uma realidade diferente?”, apontou o deputado federal em entrevista à Rádio Metrópole nesta segunda-feira (19).
“Porque primeiro: o governador Jerônimo não era uma figura conhecida, hoje o governador Jerônimo, todos os baianos conhecem bem; e o presidente Lula chegou ao final da eleição com 72% dos votos na Bahia, o que deu a Jerônimo uma vantagem muito grande. Eu tenho dúvidas se o presidente Lula vai chegar com essa popularidade tão elevada, tenho muita dúvida em relação a isso”, avaliou Viana.
“E acho que Neto vai se apresentar apresentar de uma forma melhor para 2026 e acho que ele pode chegar como grande favorito nas próximas eleições. Agora, também vai depender do candidato a presidente da República, porque na eleição passada, uma das coisas que atrapalhou Neto foi o fato de Lula e de ele não ter candidato”, arrematou o parlamentar do PSDB.
Viana também atribuiu a redução do PSDB, na eleição de 2022, a falta de uma candidatura nacional forte. Ele acredita que uma eventual candidatura forte de Centro, como a de Tarcísio de Freitas, poderá fortalecer ACM Neto na Bahia.
“Acho que na eleição passada, uma das coisas que fez o PSDB emagrecer muito no Congresso foi justamente não termos tido candidato ao presidente da República, apoiamos a candidata Simone Tebet no primeiro turno, que não performou bem, e aí as eleições ficaram bem difíceis para os deputados e senadores do PSDB”, pontuou Adolfo Viana.
“E acho que essa polarização entre Lula e Bolsonaro faz muito mal ao Brasil, faz mal à Bahia. E se tivermos um candidato a presidente da República que converse com o centro, com mais equilíbrio, vai fortalecer não só a candidatura do Neto, mas acho que o Brasil de uma forma geral”, pontuou o político.