A vereadora Débora Santana (PDT) afirmou que não pretende disputar as eleições de 2026.
Segundo ela, o foco agora está na conclusão da faculdade de Medicina, curso que precisou interromper três vezes ao longo da trajetória política. Débora afirmou ainda que, após concluir o curso, em 2027, pretende continuar na vida política, ressaltando que poderá disputar o cargo de deputada em 2030.
Em suas palavras, em 2026, seu papel será apoiar quem precisar de seu apoio e atenção.
Mandato
Ao avaliar o atual mandato, Débora destacou que tem se posicionado de maneira mais firme em comparação ao primeiro. No início, segundo ela, ainda estava conhecendo a Casa e entendendo seu funcionamento. Hoje, porém, afirma que identifica os problemas e atua com mais determinação, principalmente na pauta da saúde. Para ela, o mais importante é defender o que é certo, sem apontar culpa apenas para um lado.
A vereadora criticou ainda a redução nos atendimentos do Hospital Roberto Santos, administrado pelo Governo do Estado. De acordo com ela, o ambulatório, que antes atendia mais de 30 mil pessoas, atualmente tem capacidade para apenas 1.500. Ela considerou a situação inadmissível, destacando que havia 183 médicos na unidade, agora subutilizados, enquanto a população permanece sem o devido atendimento.
Para a vereadora, o cenário atual vai de encontro ao princípio da descentralização do Sistema Único de Saúde (SUS), já que, segundo ela, as policlínicas funcionam apenas no papel.
Débora também comentou sobre a realidade da saúde em Salvador e a desigualdade na oferta de serviços. Para ela, o atual modelo tem empurrado a população da capital para o interior em busca de atendimento. Segundo a vereadora, ao comparar o número de moradores de Salvador com os serviços disponíveis, a diferença é gritante, como se a capital estivesse abandonada em relação à assistência básica.
Piso da enfermagem
Questionada sobre o piso da enfermagem, bandeira que defendeu fortemente, a parlamentar explicou que o cumprimento da lei ainda enfrenta obstáculos. Alguns municípios e estados já estão realizando o pagamento, principalmente para os concursados, enquanto outros ainda estão se adequando. Segundo Débora, há dificuldades, mas o importante é que os novos profissionais já estão ingressando com o piso assegurados.