Com um discurso emocionado e sob aplausos, o conselheiro Mário Negromonte encerrou nesta quinta-feira (3) sua trajetória no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA), ao atingir a idade limite de 75 anos prevista para aposentadoria compulsória no serviço público. A sessão marcou o fim de um ciclo de mais de uma década de atuação na Corte e foi repleta de homenagens de colegas, familiares, autoridades e servidores.
Negromonte, que será substituído por um integrante do Ministério Público de Contas, indicado pelo governador Jerônimo Rodrigues e aprovado pela Assembleia Legislativa, utilizou sua última sessão para relatar processos e emitir pareceres prévios favoráveis, com ressalvas, às contas de 2022 das prefeituras de Feira de Santana, Santana e Serra do Ramalho.
Entre os presentes na despedida estavam o deputado federal Mário Negromonte Júnior, seu filho; o ex-deputado Jabes Ribeiro; o conselheiro aposentado Fernando Vita; e o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA), Marcus Presidio. Também compareceram prefeitos, conselheiros e servidores do TCM.
O presidente do TCM, conselheiro Francisco de Souza Andrade Netto, foi responsável pelo discurso principal de homenagem, destacando o legado institucional de Negromonte. “Perdemos o convívio diário com o homem público e com o amigo”, disse, ressaltando, contudo, que a renovação é parte natural das instituições.
Segundo ele, o ex-conselheiro teve papel decisivo na melhoria das gestões municipais, orientando e, quando necessário, aplicando sanções. “Mário Negromonte contribuiu para a qualificação da gestão pública, mas sem abrir mão da firmeza na cobrança por responsabilidade administrativa”, afirmou.
Francisco Netto também definiu o colega como um “municipalista convicto”, defensor da valorização dos entes locais e de uma reforma do pacto federativo que garanta mais recursos e autonomia aos municípios. Já a procuradora Camila Vasquez, representando o Ministério Público de Contas, destacou o compromisso ético e técnico de Negromonte.
Ao agradecer as homenagens, Mário Negromonte enfatizou o orgulho por ter ajudado a fortalecer o TCM e reafirmou sua fé no serviço público como instrumento de transformação. “Deixo esta casa com a alma em paz. Levo comigo os valores da integridade, responsabilidade e amor à coisa pública. O tempo agora me chama para outras jornadas”, concluiu.