Os advogados de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentaram nesta quinta-feira (6), a manifestação contra a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a participação na suposta tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022.
O documento, entregue no STF (Supremo Tribunal Federal), tinha hoje como prazo final. Outros denunciados pelo órgão, como o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, também apresentaram as manifestações à Suprema Corte.
Os denunciados questionam a atuação do ministro Alexandre de Moraes à frente do caso, ao mencionar o plano de assassinato contra o magistrado, o presidente Lula (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB).
Para a defesa, o ministro não poderia acumular o papel de vítima com o de julgador do caso. No entanto, essa tese já foi rejeitada pela própria Corte em dezembro de 2024.
A defesa do ex-presidente Bolsonaro pede ainda que o caso seja julgado no plenário do STF, e não pela Primeira Turma da Corte.
“Seria ilógica e uma flagrante violação da razão e da justiça manter a competência da Suprema Corte para julgar o ex-ministro, mas não o julgar em plenário”, argumentou.
No documento, Bolsonaro cita o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como uma das testemunhas do caso, e nega qualquer tentativa de golpe de Estado.