O deputado estadual bolsonarista Samuel Júnior (PDT), que também pastor evangélico, defendeu a aluna que deu queixa da professora do colégio Estadual Tales de Azevedo.
A aluna alegou que estaria incomodada com os temas relacionados a questões de gênero, machismo, assédio, racismo e diversidade abordados pela professora no Colégio.
Segundo Júnior, há nas escolas públicas uma intimidação, coação e pressão psicológica feita por grupos de extrema esquerda que dominam a educação no país.
“Mãe aciona a força policial para evitar que a a doutrinação feminista esquerdista prejudicasse a educação de sua filha. O sindicato acusa a medida para salvaguardar os bons costumes da família dessa sofrida mãe como “tentativa de intimidação, coação e pressão psicológica por grupos de extrema direita”. Um pastor em Ipiaú-BA foi proibido de expressão sua opinião, a professora pode fazer doutrinação? Que inversão absurda! Na verdade os alunos de posicionamento de direita, cristãos e conservadores há tempos que sofrem intimidação, coação e pressão psicológica por grupos de extrema ESQUERDA que dominam a educação no país e oferece esse modelo de qualidade nas escolas”, desabafou Júnior.
Ele também atacou a APLB Bahia e a direção do Tales de Azevedo, mirando a nota de repúdio emitida pela organização e a de solidariedade manifestada pela escola à professora: “essa nota do sindicato e da escola é “o poste fazendo xixi no cachorro”. Fica meu alerta para as famílias: o pior deles está por vir. Eu continuarei alçando minha voz em favor da família tradicional”.
A deputada estadual Talita Oliveira, outra apoiadora de Jair Bolsonaro, também saiu em defesa da aluna.
“Escola é lugar para ensinar o que deve ser ensinado. Escola não é lugar para professor nenhum querer empurrar a sua ideologia goela abaixo dos alunos. A professora, infelizmente, não exerceu o seu ofício da maneira correta. E isso não é censura, como estão tentando mascarar a situação em uma nova narrativa. Isso que a aluna fez foi nada mais do que cobrar por um ensino de verdade. Escola não é palanque político”, criticou Oliveira.
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