O vice-líder do bloco de Oposição na ALBA (Assembleia Legislativa da Bahia), o deputado estadual Paulo Câmara (PSDB) avalia que a ida do seu colega de Casa, Capitão Alden (PSL), ao Conselho de Ética, será uma oportunidade para que ele possa prestar os esclarecimentos no local adequado.
“A ALBA é uma Casa política e qualquer resultado pode acontecer quando um parlamentar é acionado no Conselho de Ética. O objetivo principal é que possa prestar os esclarecimentos local adequado. A comissão é que vai analisar se o fato é menos grave, mais grave, se cabe suspensão, cassação ou uma punição verbal ou escrita”, explica Câmara.
O parlamentar do PSDB destaca que o documento jurídico produzido pelo bloco de Oposição, protocolado na última quarta-feira (28), para acionar o deputado estadual do PSL por quebra de decoro parlamentar, foi bem fundamentado, com um rigor da técnica legislativa e com robustez no alicerce jurídico.
“A peça foi muito bem elaborada pela assessoria jurídica da Oposição, não fizemos uma peça na emoção, por fazer. É uma peça baseada no discurso e no comportamento do parlamentar, fazendo uma análise baseada na conduta ética e moral esperada de um deputado da ALBA, como determina o regimento”, explica o vice-líder da Oposição.
O deputado estadual do PSDB avalia que retratação pública de Capitão Alden (PSL), realizada através de um vídeo e de nota à imprensa, reforçado por um discurso na sessão virtual da Assembleia, na última quarta-feira (28).
“Se comparar o que ele fala na live, o tom de ironia, a forma jocosa, querendo denegrir os parlamentares… e desculpa, é superficial, soa como uma meia culpa. Em nenhum momento ele se retrata, diz que não quis dizer que quem compra mansão é porque rouba, diz apenas que se atrapalhou, que confundiu, que era uma emenda do governo e não da prefeitura. O deputado em nenhum momento trata das ilações que fez na retratação, não toca no assunto, trata apenas como um pequeno equívoco,, não é assim que se faz retração”, criticou Paulo Câmara.
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