O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), criticou a aprovação do PL que autoriza a compra e aplicação de vacina contra Covid-19 pela rede privada do país, antes do PNI (Programa Nacional de Imunização) terminar de vacinar os grupos prioritários.
O PL também autoriza que a rede privada possa reter vacinas para o seu uso, mediante cumprimento da exigência de repassar para o SUS (Sistema Único de Saúde) o mesmo número de doses armazenadas.
Para Bruno, o PL aprovado na noite da última terça-feira ,(6), afeta artigos estabelecidos no projeto do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado Federal, aprovado e sancionado em março.
“Eles [empresas da iniciativa privada] podem comprar, contanto que doem para o PNI até imunização de 50% da população; imunizando pessoas mais pobres e que mais precisam”, destacou Bruno.
O chefe do executivo da capital avalia que a decisão abre margem para concorrência entre estados e prefeitura, o que avalia ser “inviável” para o ente público. Ele cita os trâmites burocráticos exigidos para as compras públicas, enquanto a iniciativa privada basta “fazer um ted”.
Ele destaca que esse PL vai “privilegiar quem tem dinheiro”.
“Vai permitir que tenham acesso à vacina os mais ricos e os pobres são os mais vulneráveis. Após 50% de imunizados, que alcança todo grupo de risco, eu acho que pode e que deve abrir”, ressaltou Bruno Reis.
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