O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), alfinetou nesta sexta-feira (17) o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), ao comentar as investigações que envolvem o presidente nacional do União Brasil, Antônio de Rueda.
O dirigente é alvo da Polícia Federal (PF) por suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Eu não vi ainda. Chega um momento que é questão de polícia, é justiça e polícia. Eu não vi, foi o ex-prefeito (ACM Neto), não vi ainda. Ele está fazendo aquele jejum das palavras. É impressionante. Ele que sempre cobrou ética na política, cobrou da gente uma segurança pública que desse conta da paz na Bahia”, avaliou o governador da Bahia.
“O partido dele e os deputados dele estão influenciando uma decisão das ações do crime organizado na Bahia”, afirmou Jerônimo durante visita às obras do VLT no Pátio da Calçada, em Salvador, ao lado do ministro da Casa Civil, Rui Costa”, destacou Jerônimo Rodrigues.
O governador também criticou a forma como, segundo ele, emendas parlamentares vêm sendo tratadas pelo grupo político adversário. “Eu espero que a justiça possa dar conta de botar nas grades, de poder devolver ao erário público as ações que nós temos que fazer. Não é possível que a gente possa ver as emendas sendo tratadas dessa forma. É inadmissível isso. O PAC Competir é um projeto estruturante pro estado da Bahia, e ver competir com emendas sem responsabilidade dói muito para gente que faz política com seriedade”, disse.
Na quinta-feira (16), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), saiu em defesa de Antônio de Rueda. “O presidente Rueda não tem qualquer envolvimento com o PCC”, afirmou.
Em setembro, a PF abriu investigação para apurar se Rueda seria dono oculto de jatos executivos, avaliados em cerca de R$ 60 milhões, utilizados pela facção criminosa por meio de terceiros e fundos de investimento. O presidente do União Brasil foi citado por um dos pilotos dos aviões como chefe de um grupo que “tinha muito dinheiro e precisava gastar” na compra das aeronaves.



