O senador Angelo Coronel (PSD-BA) criticou, em entrevista à rádio A Tarde FM nesta terça-feira (7), a possibilidade de o Partido dos Trabalhadores (PT) formar uma chapa puro-sangue para as eleições de 2026, encabeçando as disputas ao Governo do Estado e ao Senado, com nomes como Jerônimo Rodrigues, Jaques Wagner e Rui Costa.
Segundo Coronel, que seria alijado do grupo caso essa chapa se concretize, a insatisfação é grande dentro do PSD, que veria seu espaço, conquistado em 2018, perdido.
O senador afirmou que o PSD, considerado o maior partido da Bahia e detentor de expressivas bancadas estadual e federal, exige a manutenção de seu espaço na chapa majoritária.
“Não, ainda [não] existe uma chapa montada, mas o PSD quer manter o seu espaço na chapa. Somos o maior partido da Bahia e temos expressivas bancadas estadual e federal. O PSD quer manter os seus espaços conquistados e não se abre mão. Angelo Coronel é pré-candidato”, declarou.
Ele expressou confiança no senador Otto Alencar (PSD) para conduzir as negociações. “Eu confio no bom senso dos atores políticos da Bahia e acredito que Otto que vai conduzir bem essa indicação. Este é um casamento em que os dois tem que se dar bem”, acrescentou Coronel.
Apesar de elogiar o governador Jerônimo Rodrigues (PT), a quem chamou de “trator da política”, Coronel reforçou que o PSD pode deixar a base governista se não for devidamente contemplado.
“Jerônimo é uma pessoa bem intencionada, um trator da política e luta para que na sua reeleição não haja nenhuma distensão. Com a chapa puro-sangue fica difícil para os outros partidos,” disse.
No entanto, a ameaça de rompimento foi clara: “Nós não ficaremos satisfeitos se não mantermos nosso lugar na chapa. Se forem excluir o PSD da chapa, vamos buscar outro caminho ou casamento para continuar no tabuleiro político da Bahia”, concluiu o senador.







