O prefeito Bruno Reis (União Brasil) voltou a defender o reajuste promovido pela prefeito de Salvador para os professores e reforçou que não haverá mais discussão sobre o assunto.
Ele apelou para que os “professores voltem para a sala de aula”.
“No contra-cheque do mês de junho, vai ter lá vencimento o piso, e esse piso é variável. De 4.687 até mais de 9 mil só de piso, quando incidem outras gratificações. E eu preciso dizer isso aqui sem ferir vaidades ou sem querer polemizar, mas efetivamente tem professores em Salvador que chegam a ganhar 20 mil reais. Na média [tem] quem ganha 5,7 mil a 20 mil reais, essa média chega a 9.200 reais, esses números são públicos”, destacou Bruno Reis ao Bahia Meio Dia, nesta quinta-feira (28).
Segundo Bruno, o projeto sancionado pela CMS prevê a incorporação da gratificação de 45%, antes utilizada pela prefeitura como “efeito de piso”, medida a qual o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) era contrária. Com isso, os salários dos servidores municipais serão pagos de acordo com o piso do setor, a partir do mês de junho.
Ainda na terça-feira (27), o Sindicato dos Servidores e Servidoras da Prefeitura de Salvador (Sindseps) anunciou o estado de greve para funcionários do setor.
“Ontem à noite teve uma reunião no Ministério Público até tarde. Eles [da APLB] pediram prazo de 24 horas para entender as mudanças na legislação. Vão voltar amanhã de manhã [Quinta-feira, 29 de Maio] a se reunir. A gente faz um apelo para que a greve termine. E as eventuais discussões de mais vantagens, mais direitos, a gente vai seguir discutindo. E tem toda a disposição do prefeito de remunerar o que for o melhor dentro das nossas limitações orçamentárias e financeiras”, reforçou o prefeito de Salvador.
O texto, aprovado pelo Legislativo em uma sessão marcada por protestos e agressões na última quinta-feira (22), e sancionado dias depois, define o reajuste nos salários dos docentes a partir de níveis, com percentuais que variam de 6,27% a 9,25% da seguinte forma:
9,25% (nove vírgula vinte e cinco por cento) para o Nível 1/Referência A
6,65% (seis vírgula sessenta e cinco por cento) para o Nível 1/Referência B
6,27% (seis vírgula vinte e sete por cento), a partir do Nível 1/Referência C
6,27% (seis vírgula vinte e sete por cento), para o quadro suplementar do magistério público