O senador Otto Alencar (PSD) reforçou que não irá tratar acerca da chapa de 2026 neste ano, ao ser questionado sobre a situação do senador Angelo Coronel em entrevista à BAND News, nesta quinta-feira (15).
“O Coronel é meu amigo, meu compadre. E desde que eu conheço ele, ele é a mesma pessoa. Ele fala as coisas que ele acha que deve falar. Pode ser que está errado ou está certo. Quando está errado, ele consegue recuperar. Porque o grande mal é não entender que está errado”, destacou Otto Alencar ao programa Boa Tarde Bahia, apresentado por Victor Pinto.
O presidente do PSD negou que Coronel seja um “iceberg” para o grupo para composição da chapa de 2026.
“Não, não, o jeito dele é esse. O Wagner sabe que é assim, o Rui sabe que é assim, todo mundo sabe que ele é assim. Mas é um homem que sabe conversar e vai discutir. Eu acho que vai ter saída. Tem compensações que poderão ser dadas, não foram discutidas ainda. Porque na política só se toma decisão quando o momento exige a decisão”, pontua o senador da República.
Alencar lembrou de 2022, qual foi especulado candidato, ao reforçar que não irá tratar da próxima eleição. Ele também deixou um recado na entrelinhas, sem citar Coronel e os petistas interessados na chapa, ao apontar que compensações poderão ser dadas para evitar um racha.
“Quando toma antes é precipitado e depois é retardado. Então, vou tomar na hora certa, para tomar a decisão correta. Eu estou dizendo a você isso porque todo mundo achava que o candidato iria ser eu. E naquela época que todo mundo queria que eu fosse candidato, ninguém pensava que seria Jerônimo. E terminou sendo Jerônimo”, lembrou Otto Alencar.
“E encontrou a saída, encontrou a solução. Entendeu? Então, não adianta eu estar agora querendo fazer projeções que não serão, talvez, realizadas em março ou abril de 2026. Eu saí do Instituto Lula ele disse, Kassab me disse que você está com problema mas eu vou lhe dar um tempo, vá para a Bahia que eu vou te ligar depois para você rever a sua posição”, lembrou o parlamentar do PSD.
“Eu cheguei em casa, demorou uns quatro ou cinco dias, de a pouco meu telefone tocou, era o presidente. Eu disse, presidente, ó, tu mudou de ideia? Eu disse, não, presidente, aliás, eu vou falar com o senhor, o senhor é meu amigo e um amigo não pode pedir ao outro o que ele não pode fazer. Ele disse, entendi, você quer ser o quê? Meu presidente, eu posso ajudar a ser um candidato a senador, mas não é também uma obsessão minha, fica a possibilidade de abertura como o senhor quiser”, pontuou o presidente do PSD na Bahia.
Otto Alencar arrematou lembrando sua trajetória política.
“Foi assim, às vezes eu tinha uns amigos meus que disputaram a eleição comigo, eu graças a Deus fui deputado mais votado duas vezes, senador em 2014, na votação ganhei com expressão muito grande. Na época o principal competidor, que era o ministro Geddel, agora ganhei outra eleição com 2 milhões de tantos mil votos de frente. Então na eleição eu sempre achava que eu estava eleito, era a minha cabeça, que eu não ia perder nunca. Falei, me acorda do vestibular de medicina, vou passar na federal, vou passar e passei na federal. É assim a minha cabeça”, ressaltou Alencar.
“Tinha uns amigos meus que diziam assim, poxa, parece que você não está disputando a eleição, por que isso? Eu digo, porque o senhor ganhar, eu tenho uma missão a cumprir religiosamente. E se o senhor perder, eu estou de férias. Estou de férias”, apontou o político.