O líder do Governo na ALBA, deputado Rosemberg Pinto (PT), criticou, em entrevista ao OFF News, a possibilidade da Via Bahia reassumir de forma indireta a licitação das BRs 324 e 116.
O desejo da permissionária que teve o contrato rompido pela má prestação de serviço veio após a declaração de um dos advogados da Via Bahia, que sinalizou que a empresa tem interesse em participar da nova licitação. A manobra poderia ser feita através da inclusão da empresa em um consórcio.
“O que gera uma certa perplexidade é que vi uma declaração de um advogado da Via Bahia dizendo a possibilidade deles participarem da nova licitação. É lógico que não há uma regra em licitação impeditiva. Na minha opinião, acho que o destrato deveria prever o X tempo para que não pudesse ter a possibilidade de disputar o mesmo equipamento em que foi uma gestão desastrosa”, avalia Rosemberg Pinto.
“Com relação aos valores, há uma regra prática de mesas ou pontos de pedágio a cada 100 quilômetros. Então quando você divide Salvador e Feira de Santana, nós temos duas praças de pedágio. Certamente o valor global que foi definido dever ser dividido por dois, porque não poderia ser diferente. Percebam que o valor que cobrado na BR entre Feira de Santana e Jequié são valores maiores, quase o dobro daquilo que é cobrado aqui em Simões Filho”, pontuou o deputado estadual.
“Ou seja, é uma discussão, o governador está trabalhando, antenado, para que a gente crie um processo de limitação de valores cobrados. É natural que isso tenha que ser uma discussão muito criteriosa, porque nenhuma empresa vai se interessar se não tiver um resultado positivo. E não vejo em nenhuma das concessões participação da União em suplementação de valores. A gente tem que trabalhar nesse momento para evitar que tenham valores acima da capacidade de pagamento dos cidadãos e cidadãs baianos”, arrematou o líder do Governo na ALBA.