A Concessionária Ponte Salvador–Ilha de Itaparica informou nesta segunda-feira (28) que solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) cópia dos autos do inquérito que investiga possíveis impactos ambientais causados pela construção da ponte que ligará Salvador à Ilha de Itaparica, mas ainda não obteve retorno.
As informações são do G1.
O inquérito foi instaurado pela procuradora da República Vanessa Gomes Previtera na última quarta-feira (23) e confirmado pelo MPF. Em nota, a concessionária afirmou que permanece à disposição das autoridades e da sociedade para prestar quaisquer esclarecimentos.
No sábado (26), o senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que o governo do Estado responderá aos questionamentos do MPF. O petista disse esperar que a ação não provoque novos atrasos na obra, que começou a ser idealizada ainda durante seu mandato como governador da Bahia, em 2009.
O projeto da ponte, que terá 12,4 km de extensão sobre o mar, integra o Sistema Viário Salvador–Ilha de Itaparica, que também prevê novos acessos viários em Salvador e Vera Cruz. A obra é realizada por meio de uma parceria público-privada (PPP) e deve gerar cerca de sete mil empregos, segundo o governo da Bahia.
Em abril, o governo estadual anunciou a conclusão da investigação do solo na Baía de Todos-os-Santos, etapa que permitirá a finalização do projeto de fundações da ponte. O estudo foi o primeiro no país a alcançar 200 metros de profundidade e contou com a participação de 20 empresas baianas, mobilizando 300 empregos diretos e um investimento de R$ 200 milhões.
O financiamento da construção, com empréstimo de até US$ 150 milhões (cerca de R$ 800 milhões), foi assinado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) em dezembro de 2023, após autorização do Senado Federal.
O sistema viário completo atenderá cerca de 10 milhões de baianos em aproximadamente 250 municípios.