Candidato a presidente do PT diz que Tarcísio de Freitas é governador de inspiração fascista e defende ressocialização: “Quem cumpre pena tem que ter o direito de se reinserir na sociedade”
Ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva participou, neste sábado (26), do encontro da CNB em apoio à sua candidatura ao comando nacional do PT.
Durante o seu discurso tratado dos desafios do partido, o petista mirou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que segundo ele é um governo de inspiração fascista, em referência à sua política de segurança pública. Edinho elogiou os governos do PT e defendeu a ressocialização para jovens infratores e presos.
“O debate da segurança pública. Eu sei que aqui na Bahia nós somos governo e onde nós somos governo a gente tem conseguido fazer esse debate, tratar a segurança pública de forma prioritária, mas onde nós não governamos muitas vezes o PT tem medo de debater segurança pública. E se nós não debatemos, se nós não formulamos, a concepção de segurança pública que passa a valer é a concepção do pensamento fascista”, aponta Edinho.
“A nossa concepção de segurança pública e os nossos governadores têm mostrado isso, dá para ser diferente. A gente tem que ter política para adolescentes em conflito com a lei, porque se a gente não tiver política pública para adolescentes em conflito com a lei, nós não vamos disputar a juventude com o crime organizado. Como nós temos que ter políticas públicas para os egressos do sistema prisional, se a gente não tiver políticas públicas para os egressos do sistema prisional, nós estamos decretando prisão perpétua no Brasil. Quem cumpre pena tem que ter o direito de se reinserir na sociedade”, reforça Edinho.
“Nós temos que ter a nossa formulação de segurança pública. Nós temos que fazer o debate na sociedade, porque eu vejo em São Paulo a concepção de segurança pública de um governador de inspiração fascista se pauta apenas pela polícia que aumenta o seu grau de letalidade. E polícia que aumenta grau de letalidade não significa melhoria dos indicadores de segurança pública. E a concepção nossa do PT, da esquerda tem que ser uma outra formulação, inclusive a utilização das novas tecnologias, das câmaras de monitoramento, dos totens, que muitas vezes oferecem ambiente de segurança mais do que polícia que sai matando a torto e a direita”, avalia o ex-prefeito de Araraquara.
“O PT tem que ter coragem, não tem que chamar os nossos governadores, pegar as experiências que deram certo, chamar os nossos prefeitos e prefeitas, pegar as experiências que deram certo, mas o PT precisa enfrentar o debate nacional da segurança pública”, reforçou o candidato ao comando do PT.
