O chefe de gabinete do senador Jaques Wagner e pré-candidato a deputado federal, Lucas Reis (PT), fez um previsão otimista sobre os votos que Edinho, candidato ao comando do PT, deve ter na Bahia.
A corrente CNB realiza um ato de apoio ao ex-prefeito de Araraquara, neste sábado, na Assembleia Legislativa da Bahia.
“Todos, praticamente, eu, Éden, Adolfo, Everaldo, Josias, outros tantos companheiros, nós somos lá do construindo um Novo Brasil, a CNB, e nós apoiamos todos a candidatura do presidente Edinho, o ex-prefeito Edinho de Araraquara, que está vindo no sábado, vai participar da nossa plenária, que vai ser uma plenária unificada, mas essa unificação ainda nós não conseguimos avançar para o Estado”, apontou Lucas Reis em entrevista durante participação na posse do presidente do TRE, Abelardo da Matta, na noite da última quinta-feira (25).
“A plenária será unificada em torno de Edinho e todos nós participaremos, todos nós defendemos. Mas ele também tem outros apoios aqui na Bahia. A Resistência Socialista também está fazendo uma atividade de lançamento de uma candidatura (a Estadual), e ele também vai passar lá e deve também passar para almoçar com o deputado Valmir, que é de outra corrente. Mas eu acho que Edinho na Bahia vai ter algo em torno de 75% a 80% do que a gente está conseguindo construir aqui”, avaliou o petista.
“É o candidato do presidente Lula, alguém que tem muita capacidade de articulação, muita capacidade de formular, foi ministro do Estado, prefeito do município dele, quatro vezes, então é alguém muito experimentado e que vai dar uma arejada no PT Nacional, e não tenho a menor dúvida de que fará uma grande gestão”, destacou o chefe de gabinete do senador Wagner.
Bahia
Reis destacou a importância de buscar uma convergência interna no partido, mesmo em meio às divergências naturais do processo democrático. Segundo ele, a expectativa é de que a maioria das correntes do PT baiano caminhe em direção a uma unificação em torno de um nome que represente a diversidade de forças internas, especialmente diante da prioridade de reeleger o governador Jerônimo Rodrigues e o presidente Lula em 2026.
“Aqui na Bahia, vocês estão acompanhando ainda um pouquinho a confusão, eu estou um um pouco mais afastado, porque passo a maior parte da semana em Brasília. Mas a história da unidade é sempre algo a ser perseguido, e nós estamos perseguindo isso, porque nós temos que ter uma unidade política muito forte no partido para reeleger o governador Jerônimo, ter a capacidade de montar uma chapa competitiva para ele, senadores, deputados, deputados federais, estaduais”, pontuou Reis.
“Mas eu acho que, no final nós vamos conseguir, não um consenso, mas, digamos assim, a maior unidade possível para governar o PT, um nome que represente digamos assim a maioria das forças e das lideranças para poder tocar esse processo que nós temos, como eu disse, a reeleição de Jerônimo e de Lula como prioridade, a reeleição do senador Wagner e a ampliação das nossas bancadas tanto na Assembleia Legislativa como na Câmara Federal”, avaliou o petista.
“Olha, eu até falava ontem com um companheiro nosso, Josias, eu digo sempre que hoje o nosso grande problema é não ter um nome natural. Você tem grandes nomes, mas nenhum deles é um nome natural no sentido de que todo mundo acha que tem que ser. Então, eu já vi que a corrente Socialista vai lançar um companheiro vereador de Itabuna, Manuel Porfírio, presidente da Câmara, um grande companheiro. Veja, ele nunca disse publicamente mas ou que o ex-presidente Everaldo se coloca como opção, que o ex-presidente Jonas eventualmente possa se colocar, falam também do deputado Robson Almeida que é outro grande companheiro. Ou seja, eu não sei se será um desses ou se será um outro que consiga aglutinar mais gente”, reforçou o político.
“Como não tem natural, aí todo mundo é candidato, todo mundo aponta uma candidatura, mas eu acho que o processo de discussão de chapa só termina em 28 de maio. Então tem muito tempo para conversar, tem muito tempo para construir”, ponderou o chefe de gabinete do senador Jaques Wagner.
“E é um exercício no PT, é sempre muito complicado mesmo. A gente tem na formação, na nossa natureza, na nossa origem, uma coisa bastante de exercício de diálogo, de democracia. E eu acho que isso faz bem, às vezes é chato, porque vai e volta, vai e volta. Mas é isso que torna o PT do tamanho que ele é e a força que ele tem na Bahia e no Brasil”, arrematou Lucas Reis.