Deputado Bacelar endossa tese de Moraes de que não existiu “velinha do batom” e classifica PL da anistia dos atos de 8 de janeiro como “crime contra a democracia”
O deputado federal Bacelar (PV-BA) fez duras críticas ao projeto de anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, classificando a proposta como uma grave ameaça ao Estado Democrático de Direito.
Para Bacelar, o projeto representa muito mais do que uma divergência política, trata-se de um atentado contra as instituições republicanas.
“A anistia que está sendo discutida é a anistia de quem tentou matar o presidente Lula, o vice-presidente da República e planejou o assassinato de um ministro. Isso não é pouca coisa”, criticou Bacelar em entrevista durante entrega do título de Cidadão Soteropolitano, na noite desta terça-feira (15), na Câmara Municipal de Salvador.
O deputado baiano ponderou que alguns colegas parlamentares podem ter sido induzidos ao erro ao apoiarem a urgência da matéria. Segundo ele, “esses colegas assinaram enganados, não sabiam da gravidade do projeto”, acrescentando que a urgência não pode ser usada como desculpa para normalizar ações criminosas.
Bacelar também ironizou o uso de personagens simbólicas, como a chamada “velhinha do batom”, que se tornou meme após participar dos ataques. “Ela não é inocente. No mínimo, é uma inocente útil.”
Ao concluir, Bacelar reforçou que não se trata de uma simples disputa ideológica, mas de um crime contra os pilares da democracia brasileira. “Isso não é ofensiva política, é crime contra o Estado Democrático de Direito”, afirmou, cobrando uma postura firme do Congresso diante de tentativas de revisionismo e de relativização dos eventos golpistas de janeiro de 2023.
Roberto Carlos
O deputado federal destacou a ligação do deputado estadual Roberto Carlos, homenageado com o título de Cidadão Soteropolitano, na noite desta terça-feira (15):
