O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou, em entrevista em Salvador, nesta quinta-feira (10), que as empresas para a realização de entregas por aplicativos, como o IFood, inviabilizaram a chegada de um acordo sobre a regulamentação da profissão dos motociclistas que realizam entregas por aplicativo.
Ele defendeu que o governo deve debater e pressionar as empresas a negociar e espera que seja aprovado após a Páscoa projeto de lei que regulamenta as atividades.
“O governo é para debater, refletir e pressionar as empresas para sentar à mesa. E quando nós organizamos o projeto dos motoristas, teve uma mesa dos motoristas e uma mesa dos motociclistas. E as empresas, como a iFood, por exemplo, acabou inviabilizando que chegasse a uma proposta, a um acordo entre eles porque o que o governo faz é estimular que as partes conversem para a partir daí você formalizar um projeto para o Congresso poder analisar para regulamentar. O projeto motorista está tramitando na Câmara Federal, deve ser retomado agora, pós-Páscoa, e eu tenho a expectativa de que ele seja aprovado”, disse o ministro do Trabalho, durante inauguração da Casa do Trabalhador, no Estação de Pituaçu do Metrô.
“A partir daí nós vamos aumentar a pressão às empresas de entregas por motos para poder voltar a mesa e sentar e fazer. Nós estamos inteiramente disposição e desejoso que a gente consiga chegar num projeto que possa enquadrar as empresas garantir direito aos motociclistas e possa ter previdência, possa ter transparência possa ter uma remuneração adequada, tem muita gente com muitas dificuldades. e estamos debatendo na sequência a ideia de ter uma política de crédito que eles possam, quem aluga a moto, poder ter a sua própria moto, ter um crédito que eles possam acessar. Tudo isso é um processo de construção. Portanto, o movimento é muito importante, portanto, eu vi com muito bons olhos”, declarou Marinho.