O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), desabafou, em entrevista durante o lançamento da Bahia Farm Show, nesta quarta-feira (26), e apontou que não deve renovar a licitação com a Coelba.
A licitação da Coelba vence em 2027 e o Estado poderá emitir um comunicado ao governo federal, via Anatel, se posicionando contra renovação da concessão. Na ALBA há uma subcomissão tratando do assunto, presidida pelo deputado Robinson Almeida.
“Não é só no Oeste. Nós estamos sendo mal tratados pela operadora de energia da Bahia… hoje, por exemplo, uma das rádios de vocês parece que não pode estar aqui (na coletiva) porque faltou energia na empresa, foi o que eu soube, eu espero que não tenha sido por conta dela (Coelba)”, pontua Rodrigues.
“Eu tenho dito sempre, são três concessões que maltrataram bastante a Bahia: Ferrovia, a FCA, a de energia (Coelba) e a Via Bahia com a BR 116 e 324, foram anos paralisados. Então eu espero, eu não estou contente, o Lula sabe disso, o presidente Lula sabe disso, o Rui Costa sabe disso, eu não vou abrir de enquanto governador do estado fazer a defesa para o respeito dos consumidores”, reforçou o gestor.
“Não dá pra gente ir na China, Europa, buscando empresas para vir para cá e de repente… olha o Oeste, o Oeste padece com o fornecimento de energia em quantidade e na qualidade. Não é só no Oeste não, se você for para o extremo sul, Norte, você ouve isso. Se você for pro norte você ouve isso
“Então, minha postura junto ao Ministro de Minas Energia, é que a gente possa qualificar todas as renovações, nós fizemos agora com a Via Bahia. Temos que qualificar o processo de um novo licitação e a gente em cima, cobrando. A imprensa tem feito isso. Eu agradeço o papel da imprensa, cobrando, fiscalizando, ajudando a gente a se tocar”, pontua o governador.
“Uma empresa com 15 anos, não dá para fazer uma pavimentação asfáltica, o cuidado de uma pista, cobrando pedágio… da mesma forma, nós pagamos energia, não é a favor. O Estado, por exemplo, da Bahia, o governo da Bahia, é o maior consumidor de energia, não dá para a gente ficar aguardando o bem-estar das pessoas que sacam esse dinheiro de um Estado, é pago, cobra, e depois não reinveste”, destaca o chefe do executivo estadual.
“Concessão justa não é essa A concessão justa é o ganha-ganha. A empresa ganha, é remunerado o seu capital e dos seus sócios, mas o Estado e os consumidores não ficam padecendo quando quer fazer investimento é, na verdade, uma corrida insana, eu não concordo com isso”, reforçou Rodrigues.