Juca Aleixo retorna mais uma vez com sua pena de ganso para mostrar que na Bahia quem tem fé vai a pé e quem reza para muitos orixás tem mais chances de ser atendido.
Axé de Todos os Santos
A quebra de protocolo feito pelo ministro do STF na entrega do título de Cidadão Baiano deixou muita gente abismada. A convocação do PGR de Jair Bolsonaro para lhe entregar a medalha de Irmã Dulce, honraria religiosa de caráter informal, junto com os afagos a ele, despertou nos presentes, principalmente nos ligados ao 13, decepção. A turma acreditava que pelos laços com o Galego e sua raiz petista, o ministro estaria devotado ao presidente e ao lado vermelho da força. Ocorre que como dizem em Brasília, na Suprema Corte só há um lado. No ano passado, o ministro esteve com o ex-presidente da República, encontro esse que pelas imagens vazadas foi bastante afetuoso. Ainda no ano passado, ele derrubou decisão do TSE que tornava um prefeito fluminense inelegível, fato que levantou uma celeuma jurídica acerca da mesma aplicabilidade para o caso do ex-presidente da República. Como bom baiano, o ministro começou do jeito certo, pedindo Axé para Todos os Santos.
Ausência
Apesar de especulada, a ausência do ex-presidente da ALBA na cerimônia de baianização do ministro do STF gerou burburinhos e embates de teses sobre o sumiço. Uns alardearam que o voto contrário de Toffoli em seu processo pesou para ausência de Adolfo Menezes, outros apontas que o sumiço se deu pela dificuldade de chegar a um denominador comum com o magistrado, que é conhecido por se basear no mercado de primeiro mundo.
Cadê os federais?
Outras ausências sentidas foram a dos federais da Bahia. Se contou no dedo o número de políticos de Brasília que estiveram na sessão. Dizem que a ausência da turma do Congresso Nacional foi um recado para o magistrado, que não costuma tratar os desiguais com desigualdade nos apelos à corte.
Armadas em Casa
Outra ausência sentida foi a das Forças Armadas, que não enviou nenhum representante para acompanhar a entrega da honraria ao ministro do Supremo. O motivo é óbvio: os inquéritos dos Atentados, que podem ainda colocar atrás das grades gente graúda de alta patente.
Saída à francesa
O atual PGR foi outro homenageado com a honraria de se tornar baiano. Desconfortável com a presença da imprensa, Gonet não quis nem falar acerca da cerimônia e saiu tão rápido que juízes e promotores ficaram perguntando por ele para tirar um registro fotográfico. Dizem que saiu antes para não dar uma declaração que poderia queimar mais ainda o filme do governo, que já em chamas.
Um novo cacique
Dizem que um grande partido poderá ter uma troca de comando na Bahia, para 2026. O cacique nacional teria oferecido a sigla para um figurão da política baiana, em troca de um crescimento certo nas mãos deles no pleito que se aproxima. Muita gente está na expectativa para esse acontecimento que deve movimentar a política baiana e gerar uma migração em massa para legenda.
Correria 2026
A grande entrega do Estado na mesorregião Sul Baiano virou o lançamento do Correria ao Senado, é o que garantiu muitos presentes. Comenta-se que no encontro com os gestores, ele assegurou que a fórmula de 2022 está mais viva que nunca e que há caixa. Também alertou para o risco de encararem uma nova aventura, ao se referir à candidatura da Oposição. Dizem que o governador, que acompanhou de perto todo amarração, endossou e chancelou tudo.
Freio de arrumação
Dizem que começou a incomodar o ex-prefeito a projeção que o atual está tendo no embate nos estados, o que só aumenta os rumores pelo estado de que Bruno Reis será o candidato. Para dar um freio de arrumação, Neto garantiu que suas idas ao interior, após lançar o candidato à presidência em Salvador, será para deixar claro sua candidatura ao Governo da Bahia. Ele tem garantido que Bruno Reis estará ao seu lado para reforçar isso e que caso ocorra um clamor, ele também poderá estar na chapa.
Pode isso?
O prefeito de Santo Amaro quer retirar o terreno da UFRB para entregar a um supermercado. O espaço privilegiado na cidade foi entregue para construção da universidade que sobrevive a duras penas no local. A narrativa de que a universidade está tirando emprego disseminada é uma faca de dois gumes e o caso deve mesmo ir parar na justiça. Articuladores importantes tem aconselhado o prefeito a desistir da ideia e evitar a briga de cachorro grande, difícil de vencer.
Pronta resposta
A pronta resposta no caso do presidente do PV foi apontada como mais uma prova da solidez da SSP-BA, que tem nesta gestão hoje uma gestão com um perfil trabalhador, apesar do crescimento da criminalidade na esteira da falência nacional do Estado no sentido de fornecer aos jovens da periferia alternativas palpáveis. Comenta-se que a repercussão do caso e o cerco da SSP-BA estava afetando os negócios criminosos em diversas localidade, e que os autores do sequestro foram alertados acerca disso.