O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, candidato ao governo da Bahia, em 2022, criticou, em entrevista ao P Notícias, a gestão petista e mirou os rumores da chamada chapa dos governadores, reunindo Rui Costa, Wagner, disputando ao Senado Federal, e Jerônimo Rodrigues indo à reeleição.
A chapa dos governadores atuaria para excluir o PSD ou o MDB da chapa.
“Desculpa, meu irmão, governar, a questão é priorizar. Claro, eu fui prefeito 8 anos. Ser prefeito, ser governador, administrar é definir prioridades, é lidar com conflitos, é ter a capacidade de buscar a solução e aumentar a produtividade do governo, que é uma coisa que não acontece, o PT se acomodou, é a mesma panelinha. Quando você vê, eles já começam a falar da chapa de 2026, vamos pegar os 3 governadores que ficaram 20 anos no poder comandando tudo na Bahia, vamos rodar a panelinha e vamos deixar os 3 de novo… será que nós não temos a capacidade de dar a chance, a oportunidade pra gente nova, pra sangue novo, pra gente que não se conforme? Ah, porque falta dinheiro e aí não tem solução, não, o dinheiro existe, o que precisa é ter bom governo”, ressaltou ACM Neto.
“As pessoas que querem vir com a fórmula pronta, achando que tem a solução pra tudo, eu ouço nos comentários aí, ah, porque eles vão juntar os três governadores, Jerônimo, Rui e Wagner, e isso é uma chapa imbatível, não sei o quê…. Então, pelo amor de Deus, é querer considerar que o eleitor não tem capacidade crítica e que as coisas não estão acontecendo, e que a eleição é só daqui há tantos tempos, porque a eleição é em outubro de 2026. Tem muita coisa pra acontecer”, aponta o ex-prefeito de Salvador.
“Então, eu acho que agora é preciso separar, eu já fiz uma referência a esse meu pensamento, separar o tempo da agonia da política, que é repercutida com razão pela imprensa, do tempo da cabeça das pessoas. Que quem está me ouvindo agora não está com a cabeça na eleição, na próxima eleição, está com a cabeça em outros problemas. Está vendo o dólar pipocar no Brasil, está vendo a inflação diminuir o poder aquisitivo do trabalhador, está vendo o desemprego aumentar, está vendo as incertezas que hoje tomam conta das famílias brasileiras. Isso é o que importa mais. Ou o problema da segurança pública, o problema da saúde, é o dia a dia das pessoas. E aí não dá para o político querer atropelar isso”, concluiu Neto.