O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), saiu em defesa do senador Jaques Wagner (PT) nesta segunda-feira (20), após declarações do parlamentar sobre a possibilidade de uma chapa puro-sangue do PT nas eleições de 2026.
Wagner sugeriu que Jerônimo tentaria a reeleição e que ele próprio, ao lado de Rui Costa, disputaria vagas ao Senado.
Jerônimo destacou a liberdade de expressão de políticos e partidos e falou sobre a importância de manter a unidade interna para alcançar vitórias no futuro.
“Políticos e partidos têm liberdade para se expressar e muitas vezes alguns até seguram um pouco mais para guardar um alinhamento partidário, mas a vontade está no coração, que volta e meia ali solta, e é natural isso. Eu é que não posso fazer isso, eu tenho que ter maturidade suficiente para guardar a hora certa, para não desarrumar, para não afastar”, afirmou o governador.
Rodrigues também destacou a necessidade de manter o apoio de uma base sólida para a gestão estadual.
“Eu preciso de uma Assembleia Legislativa como a maioria. Eu preciso de deputados federais e senadores que me ajudem a fazer emendas, preciso construir um ambiente no estado com mais prefeitos e prefeitas aliadas, vereadores, partidos políticos. Então eu me resguardo. Esse lugar de governador exige da gente engolir sapo para que a gente possa ter uma vitória na frente”, explicou.
Sobre as declarações de Wagner, o governador ressaltou a postura de unidade do senador.
“A postura do senador Jaques Wagner é essa, é um líder que sempre teve liberdade e com maturidade para falar. Quando o Wagner fala, a caixa de ressonância é rápida, mas todo mundo sabe que a prática de Wagner desde antes de ser governador foi de unidade”, destacou Jerônimo. O governador também reforçou que, embora não tenha ouvido a entrevista ao vivo, conhece a prática política do senador e acredita que sua intenção sempre foi a de manter a unidade do grupo.
“Eu não ouvi a entrevista, ouvi depois nos blogs, nas rádios, mas eu sei que quando ele fala isso, ele é o primeiro que quer unidade de grupo”, concluiu Rodrigues.