Débora Régis denuncia falta de transparência e aponta caos na situação de Lauro de Freitas
Nesta segunda-feira (30), a prefeita eleita de Lauro de Freitas, Débora Régis, apresentou um balanço do trabalho realizado pela equipe de transição de governo. Durante uma coletiva de imprensa, Débora denunciou dificuldades no acesso às informações necessárias para planejar sua gestão e destacou a gravidade da situação financeira e estrutural do município.
“Acabaram de alguma forma enrolando um pouco a gente nas informações, porque hoje a gente não tem 30% das informações que precisávamos ter. Logicamente que nós temos uma equipe de transição onde foram em busca das informações, parte das informações que temos vieram através do que nós conseguimos colher ao longo desses quase 30 dias de transição”, revelou Débora.
Diante das incertezas e dos desafios, Débora pediu paciência à população e destacou que o primeiro ano de sua gestão será dedicado a reorganizar as finanças e estruturar a máquina pública. “Por isso, eu peço ao povo de Lauro de Freitas que tenham paciência, porque no primeiro ano será o ano que nós precisamos ajustar, enxugar a máquina, porque não se tem como fazer entrega de equipamentos públicos ou serviços públicos de qualidade se a gente não tiver recurso. E hoje nós temos um caos generalizado na nossa cidade.”
A prefeita eleita também alertou para problemas críticos na coleta de lixo, um serviço essencial que, segundo ela, não possui previsão orçamentária para ser mantido até o final de 2024. “Dentro da lei orçamentária que foi aprovada na Câmara dos Vereadores, para vocês terem ideia, somente até abril nós temos o pagamento dentro do orçamento da coleta de lixo. Depois de abril, não tem mais essa previsão orçamentária, visto que é um serviço essencial. E para a gente conseguir manter a cidade limpa até dezembro, nós precisamos tirar de algum lugar, certo? Para a gente conseguir suprir esse serviço.”
Além disso, Débora destacou o impacto das dívidas acumuladas no orçamento municipal. “Um dos problemas que nós vamos enfrentar, além da dívida, é porque dentro do orçamento da lei orçamentária existe um valor de R$ 26 milhões. Porém, quando a gente vai ver na real, nós temos, com o precatório e mais outras despesas, um total de R$ 58 milhões, que vamos ter que também tirar de algum lugar, certo?”, explicou.
