O prefeito Bruno Reis, junto a secretários e gestores de órgãos municipais pertencentes ao Sistema de Proteção e Defesa Civil de Salvador, realizou nesta quinta-feira (28) uma reunião para definir ações emergenciais e novas medidas preventivas que serão realizadas na cidade para mitigar os efeitos das chuvas.
Entre as intervenções que serão tomadas de imediato estão a construção de uma contenção de encosta na Rua Amargosa, localizada entre Pernambués e Saramandaia, e de mais duas outras na região. Além disso, a Prefeitura vai dar início à segunda etapa das obras de drenagem no bairro – a primeira está em andamento na Rua Santo Antônio de Pádua e já foi capaz de impedir que alagamentos ocorressem nos últimos dias.
Um levantamento também está sendo feito para identificar quais outras áreas da cidade serão contempladas com as intervenções, assim como quantas famílias atingidas por alagamentos e deslizamentos serão amparadas com auxílios emergenciais.
“Neste momento, o mais importante é o apoio às famílias, àquelas que estão nas nossas unidades de acolhimento, que agora vão para o aluguel social. As que sofreram com alagamentos vão receber auxílio emergencial para readquirir todos os seus pertences. Esse é um benefício que nós criamos lá atrás, que podemos indenizar com até três salários mínimos. Nossa equipe continua nas ruas dando toda a assistência”, frisou Bruno Reis.
Na ocasião, foi apresentado um balanço das ocorrências provocadas pelos temporais que atingiram a cidade desde o último final de semana. Em algumas localidades da capital baiana como San Martin, por exemplo, o acumulado de chuvas chegou a 464,6 mm, isto é, mais do que quatro vezes o volume do previsto para o mês (108,2 mm). Além disso, em cinco dias, a Codesal recebeu mais de 600 solicitações de urgência e emergência pelo 199.
Salvador foi acometida em novembro pelo maior volume de chuvas nos últimos 61 anos. “Sabemos que há problemas, temos diversos projetos para serem elaborados nesse momento, diversas obras em execução e vamos seguir investindo mais recursos para que nossa cidade seja cada vez mais segura, para que possamos ter uma cidade mais tranquila para quem vive aqui”, completou o prefeito.
Na última década, a gestão municipal investiu na proteção de encostas em 541 áreas de risco. Também foram feitas mais de 3 mil escadarias drenantes e urbanização de canais, como os das ruas Doralice Dórea (Valéria), Rosalvo Silva e 5 de Agosto (ambas na região de Pau da Lima), Baixa da Paracaína e Santa Rita (ambas em São Marcos).
Protocolos – Segundo o diretor geral da Codesal, Sosthenes Macêdo, o órgão definiu pela manhã protocolos de investidas de campo, distribuindo equipes de vistorias das situações de emergência.
Além disso, há grupos designados para vistorias de situações ordinárias – que oferecem algum tipo de risco, mas não são emergenciais -, outros que farão inspeções geotécnicas nos 14 pontos da cidade com Sistema de Alerta e Alarme, e em Saramandaia pela proporção das chuvas que atingiram o bairro na quarta (27).
A Codesal tem equipes compostas por engenheiros civil, ambiental, eletricista, agrimensor, agrônomo, de segurança, além de geólogos, meteorologistas, arquitetos, urbanistas, estatísticos, que fazem todas essas análises de forma transversal.
“Desconheço qualquer outra estrutura de Defesa Civil, em qualquer local do Brasil, seja municipal ou estadual, que tenha uma equipe multidisciplinar com tantas áreas de atuação para construir os resultados que a gente precisa, para garantir resiliência e segurança na nossa cidade”, disse Macêdo.
Fotos: Betto Jr. / Secom PMS
Reportagem: Thiago Souza / Secom PMS