O ministro do Empreendedorismo e Micro e Pequenas Empresas, Márcio França (PSB), avaliou como graves e acredita que o inquérito aberto após a PF identificar um plano para maior o presidente Lula, Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
O ministro participa de encontro do PSB com os prefeitos, que ocorre nesta sexta-feira (22), em um hotel em Salvador.
“Provavelmente nós vamos ter um agravante, né, tendo em vista que ele já era condenado à inegibilidade. Fica meio sem espírito, até para quem gosta de fazer defesa dos outros, eu sempre vejo o lado da tentativa de defesa, mas nesse caso está sem defesa, não tem argumento para você planejar e tentar executar, matar o Presidente da República o vice-Presidente, um ministro do Supremo, da impressão que você pode eliminando feito videogame”, comparou o ministro.
“Então é infantil, chega a ser infantil, por outro lado é muito grave, porque no Brasil a gente já estava desacostumado com isso, e aí vem numa sequência, né, aquela história do homem bomba, aí as condenações, tem impressão que agora depois de indiciados, eles vão acabar sendo processados, evidentemente, vão fazer sua defesa, mas se ficar comprovado é uma condenação dura, envolve também um presidente partido grande, né, que” lembrou o ministro citando Valdemar da Costa Neto.
“É uma coisa diferente também, porque acaba envolvendo indiretamente todo mundo que está no partido. Eu diria que é um game over aí para o efeito do Bolsonaro. E muito disso tudo vai depois custar para a vida deles, as famílias. Como sempre a gente fala, as pessoas têm que pensar nas coisas antes de começar a executar. Pensar, o cara pode pensar tudo, mas começar a executar, você interfere na vida dos outros. E aí as consequências vêm, naturalmente. As condenações serão pesadas, ainda mais porque envolvem o ministro superior”, arrematou França.
O ministro apontou que não crê que o ato será engavetado dada gravidade. Ele também avalia que uma eventual condenação só teria efeito político para Jair Bolsonaro, que tem planos de se candidatar novamente em 2026. O presidente atualmente encontra-se inelegível.
“Sempre é um fato muito grave. O principal concorrente aí seria o Bolsonaro, que tinha expectativa de eventualmente ter algum tipo de benefício, enfim, isso ficou meio descartado com essa conspiração”, aponta o político.
“Os outros não são normalmente candidatos, mesmo o Waldemar há muitos anos não é candidato. Então, certamente, pelo número de pessoas envolvidas e as defesas serem duplicadas, nós ficarão para frente. A única coisa é que tem que lembrar que pelo grau da gravidade e pelo fato de que a origem do processo será direto no supremo, isso antigamente era considerado um benefício, hoje em dia é considerado um malefício, porque depois da condenação não tem recurso. Não é como os processos normais que você recorre”, pontua Márcio França.
“Dessa vez, a sentença que sair na verdade é uma córgona, ela já é definitiva por natureza. Então, deve, eu suponho, que lá pelos meados de 2026 é que nós teremos de fato. Assim as perdas estão a estar julgadas”, arremata o ministro de Lula.