O deputado federal Jorge Solla (PT) reagiu nesta quarta-feira (23) às acusações infundadas do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), que associou o PT ao crime organizado na Bahia, durante uma entrevista em um programa de rádio.
Segundo Solla, a declaração de Neto reflete o desespero diante de uma possível derrota no segundo turno da eleição para a Prefeitura de Camaçari, que ocorre no próximo domingo (26), onde o PT é representado por Luiz Caetano.
“Essa fala é o típico comportamento de quem está com medo de perder. O ex-prefeito bolsonarista esqueceu de mencionar que as cidades mais violentas da Bahia, e que enfrentam sérios problemas com o tráfico de drogas, são justamente aquelas governadas pelo União Brasil ou por seus aliados. Um exemplo claro é Camaçari, que nos últimos anos foi administrada pelo partido que ele mesmo presidiu”, afirmou Solla.
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 confirmam que Camaçari foi o segundo município do país com a maior taxa de mortes violentas intencionais.
Além de Salvador, que figura entre as capitais mais violentas do país e onde ACM Neto foi prefeito, elegendo seu sucessor, Bruno Reis, outras cidades baianas sob gestão do União Brasil ou de aliados também estão entre as mais perigosas. Entre elas estão Eunápolis, Feira de Santana, Simões Filho, Luís Eduardo Magalhães e Santo Antônio de Jesus.
“Há inúmeras denúncias de envolvimento do crime organizado no financiamento de campanhas de candidatos ligados ao União Brasil. É só olhar para os municípios onde o partido venceu, são justamente aqueles mais dominados pelo tráfico”, destacou Solla.
“Esse é o perfil deles: os mesmos que, até pouco tempo, defendiam com unhas e dentes um presidente criminoso, que se apresentava como moralista enquanto se cercava de milicianos. Agora, tentam inverter o discurso para atacar o nosso partido”, concluiu o parlamentar.