O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Menezes (PSD), fez um duro discurso contra o que classifica como a marginalização da política municipal, através da compra de voto feita por organizações criminosas.
“Infelizmente, o que eu digo, que é uma coisa fácil de ser percebida, claro que alguns não falam, e nós temos condições de falar, porque a gente vive isso diariamente. Na minha opinião, o Congresso, os políticos que são os responsáveis, claro, o Congresso Nacional, que é o responsável maior, e o judiciário vai ter que tomar uma providência, porque senão só vai ficar, pode colocar como título, só vai ficar nas eleições municipal marginais”, disparou Adolfo Menezes.
Recentemente Adolfo apontou que estaria ocorrendo compra de votos em Campo Formoso, mas não apresentou provas. Questionado se a fala seria direcionada mais uma vez ao município, o político declarou: “Não, não, não é isso não, eu estou falando de uma forma geral, porque não é a questão interna de Campo Formoso, até porque não se limita a Campo Formoso, eu falei há 15 dias atrás, que é compra de voto aberto em tudo quanto é lugar, com diferenças poucas de algumas cidades. Estou falando nessa parte, estou falando especificamente de Campo Formoso. Praticamente na Bahia inteira, só se fala em milhões; os milhões vêm de onde?”.
“Está vindo de algum lugar, então as autoridades tinham obrigação de ver o que está acontecendo e tomar providência, de botar na cadeia, quem tivesse, botar na cadeia pelo menos para inibir, porque a maioria ou quase a totalidade está agindo como se justiça não houvesse. Essa é a situação dramática, é dramática mesmo que nós estamos vivendo”, apontou Menezes.
“E o Brasil assistiu há poucos dias, no Jornal Nacional e outros jornais, várias cidades de São Paulo, para não falar em outros estados, já sendo dominadas pelo crime, entendeu? Aqui na Bahia já tem diversos tipos de crimes, diversos. Você tem milicianos, você tem olha o Rio, você tem drogas, você tem diversos tipos, né? Então essa é uma situação lamentável que só não admite quem não quiser. Aberto, aberto, não estou falando especificamente de Campo Formoso não, estou falando praticamente na Bahia inteira, no Brasil inteiro. Claro, com exceções ainda que tenham muito poucas”, concluiu o deputado estadual presidente da ALBA.