Em conversa com jornalistas durante almoço de balanço das ações, o líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Rosemberg Pinto (PT) falou sobre uma eventual candidatura do ex-prefeito de Salvador e pré-candidato a governador, ACM Neto (União Brasil) para uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026.
“Eu pensando como um ente político, defendo que se ele não é candidato, ele destrói o grupo dele, porque ele sofreu uma perda muito grande com a desistência dele pra Zé Ronaldo. E agora se ele desmonta isso, destrói o grupo dele. E a destruição do grupo dele significa a construção de um novo grupo a partir dessas representações, que é tudo que ele não quer, ele não foi forjado para ser subordinado a nada e nem dialogar com ninguém. Então, para ele, será uma dor grande ter alguém que possa superá-lo do ponto de vista da representação desse grupo. Então ele não tem muito o que fazer. Ele tem que ir para a disputa. É a salvação do grupo dele e dele”, afirmou.
Ainda segundo o parlamentar, o ex-chefe do Palácio Thomé de Souza está se preocupando com a situação pessoal e esquecendo do grupo político que pertence.
“Eu acho que ele não está nem preocupado muito com o grupo, ele está preocupado com ele. Porque se ele faz isso, é a restrição dele. Eu entendo que com essa marca que ele tem, ele ajudaria bastante, mas aí não sou eu que tenho que dar conselho a ele. Uma candidatura dele a deputado federal, construída com essa turma dele, poderia inclusive alavancar, certo, uma potencialidade para a cena política nacional. Mas, mesmo assim, é muito difícil ele convencer as pessoas. Primeiro ele não quer, porque ele não percebe que um recuo desse é uma preparação para crescimento depois. Ele só enxerga como recuo. Então ele não dá, porque como ele diz, olha, eu fui preparado para ser governador”, continuou.
Rosemberg aproveitou a oportunidade para defender que ACM Neto foi preparado em outro tempo e destacou que hoje a sociedade tem olhar crítico e visão política.
“Então ele foi preparado para ser governador. Só que ele foi preparado para ser governador num outro momento. Num momento em que as escolhas não eram feitas a partir do olhar da sociedade. As escolhas eram feitas por um grupo que dizia, é fulano, é Beltrano é o candidato a governador. Então ele trabalhou para ser essa representação de uma elite que não mais existe dentro da linha política para a vida real dele”, concluiu.
