O ex-ministro e presidente estadual do Partido Liberal (PL), João Roma, repudiou nesta quarta-feira (17) a morte de três trabalhadores, encontrados torturados e executados no bairro Alto do Cabrito, no Subúrbio de Salvador, nesta terça-feira (16). Eles foram assassinados por uma facção, que tem imposto cobrança de “pedágio” e extorsão a trabalhadores e comerciantes na capital e no interior da Bahia.
Roma classificou o episódio como trágico, cruel e emblemático do nível de domínio das organizações criminosas sobre vastas áreas no Estado, sobretudo pela forma violenta como as vítimas foram executadas. Para João Roma, o avanço das facções no controle dos territórios sob o olhar passivo dos governos do PT, o que tem sido potencializado na gestão de Jerônimo Rodrigues (PT).
“Hoje, infelizmente, o que percebemos é que o Estado paralelo imposto pelo crime está se sobressaindo em relação ao Estado. Esta tragédia expõe, de forma brutal, o grave nível de controle que as facções criminosas conquistaram em territórios da Bahia. Não é ataque isolado, é reflexo de anos de conivência, incompetência e políticas de segurança pública que fracassaram sob administrações petistas”, afirmou João Roma.
Para o dirigente, a situação é o resultado de uma lógica de omissão governamental que permitiu que grupos criminosos atuassem com impunidade, controlando territórios inteiros e impondo “pedágios” e terror à população.
“Os homens mortos ontem saíam para trabalhar e sustentar suas famílias. Eles foram vítimas de um crime hediondo. Essa realidade é fruto da conivência e da falta de políticas de segurança eficazes por parte do governo do PT na Bahia. Anos de discurso vazio e políticas sem resultados transformaram territórios inteiros em zonas de domínio de facções”, declarou.
Roma lamentou que a Bahia — hoje o estado mais violento do país — viva um quadro em que a presença do Estado é mínima em face da força das organizações criminosas, que impõem regras paralelas, extorquem trabalhadores e instauram medo, tanto em Salvador e nos grandes centros urbanos quanto, também, nas cidades menores.
O ex-ministro também destacou que, apesar da escalada de violência e da expansão territorial de facções, o PT resiste até hoje em classificar essas redes criminosas como organizações terroristas, o que, segundo ele, seria um primeiro passo para um enfrentamento mais incisivo e apropriado.
“O que nós vimos com esse caso é, sem dúvidas, uma ação terrorista. A postura do governo do PT de não classificar essas facções como organizações terroristas é outro sinal da falta de coragem política em enfrentar de fato o crime organizado. Enquanto isso, trabalhadores são mortos, famílias choram e a sociedade vive aterrorizada”, disse Roma.



