“Imposição familiar”: Carlos Muniz critica candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência

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O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), comentou nesta terça-feira (16) o anúncio da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República nas eleições de 2026. Em declaração, Muniz avaliou que o nome do parlamentar não era o esperado dentro do campo da direita e classificou a decisão como precipitada e pouco representativa de um consenso político mais amplo.

Segundo o vereador, a direita brasileira possui outros nomes que, na avaliação dele, teriam maior força eleitoral e capacidade de reunir apoios mais amplos. Para Muniz, a escolha de Flávio Bolsonaro aparenta ter sido uma decisão de cunho familiar. “A direita tem vários outros nomes que dizem que são muito mais fortes e que poderiam ter um apoio amplo. Quando você coloca o nome de Flávio Bolsonaro, é uma imposição familiar, aquela ideia de que tem que ter algum Bolsonaro no poder”, afirmou.

Carlos Muniz destacou ainda a forte presença da família Bolsonaro na política nacional, citando mandatos e possíveis candidaturas de outros integrantes do clã em diferentes estados. Na visão dele, esse contexto reforça a percepção de que a decisão não foi construída de forma coletiva. “A família já participa intensamente da política do Brasil. Eu acho que eles se anteciparam e tomaram uma decisão unilateral”, avaliou.

O presidente da Câmara de Salvador defendeu que escolhas desse porte deveriam ser fruto de diálogo amplo entre lideranças e apoiadores, tanto na direita quanto na esquerda. “Qualquer campo político precisa ouvir todos aqueles que apoiam e tomar uma decisão coletiva. Não pode ser uma decisão unilateral. Para você ser forte, essa decisão precisa ser construída em conjunto”, pontuou.

Ao comparar os dois campos políticos, Muniz afirmou que a esquerda chega mais organizada ao debate eleitoral de 2026, com o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consolidado. Para ele, esse fator amplia a vantagem do petista em um eventual embate. “Hoje, a esquerda está consolidada com o nome de Lula. Você precisaria de um nome da direita também consolidado, e isso não existe com Flávio Bolsonaro”, disse.

Na avaliação do vereador, a falta de unidade no campo conservador tende a favorecer Lula. “Se você me perguntar hoje, Lula leva muito mais vantagem, porque tem um nome unido na esquerda, com partidos de esquerda e de centro querendo apoiar”, concluiu.

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