Bolsonaro passará por perícia da PF nesta quarta após decisão de Moraes sobre possível cirurgia

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O ex-presidente Jair Bolsonaro passará por uma perícia médica na próxima quarta-feira (17), após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O exame será realizado por peritos da Polícia Federal (PF) na sede do Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, e servirá de base para a decisão do magistrado sobre a possibilidade de autorizar o ex-chefe do Executivo a deixar a prisão para a realização de uma cirurgia.

A perícia foi solicitada depois que médicos particulares de Bolsonaro recomendaram um procedimento cirúrgico em razão do agravamento do quadro de hérnia inguinal. Na mesma decisão, Alexandre de Moraes determinou o envio aos peritos da PF de todos os exames recentes realizados pelo ex-presidente, incluindo a ultrassonografia feita neste domingo (14), que confirmou o diagnóstico de hérnias inguinais bilaterais.

O exame de ultrassom foi realizado com equipamento portátil, na própria sede da Polícia Federal, após autorização do ministro. A defesa havia solicitado a entrada de um médico para avaliar a necessidade de cirurgia, alegando piora no estado de saúde do ex-presidente.

Nesta segunda-feira (15), os advogados de Bolsonaro voltaram a pedir ao STF a realização de uma cirurgia em caráter de urgência e, posteriormente, a concessão de prisão domiciliar humanitária. Segundo a defesa, houve evolução significativa e comprovada do quadro clínico desde o último pedido apresentado ao Supremo.

“O estado de saúde do sentenciado é grave, complexo e progressivamente debilitado. Houve evolução objetiva do quadro clínico, agora comprovada por exame de imagem recente e por novo relatório médico conclusivo, que impõem atuação imediata”, afirmaram os advogados em petição enviada à Corte.

De acordo com relatório médico anexado ao processo, os sintomas de dor e desconforto na região inguinal se intensificaram em razão de crises frequentes de soluço, que provocam aumento intermitente da pressão abdominal, agravando o quadro das hérnias.

A defesa também reiterou o pedido para que o Supremo analise a concessão de prisão domiciliar humanitária, alegando incompatibilidade entre o atual estado de saúde de Bolsonaro e o cumprimento da pena em estabelecimento prisional. “Que esses novos elementos médicos sejam considerados como reforço autônomo e superveniente do pedido de prisão domiciliar humanitária, diante da inequívoca incompatibilidade do quadro clínico atual com o cumprimento da pena”, diz o pedido.

Bolsonaro está detido desde 22 de novembro em uma sala da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão, após condenação na ação penal que investigou a tentativa de golpe de Estado. A decisão sobre a autorização para cirurgia e eventual saída temporária da prisão dependerá do resultado da perícia marcada para esta quarta-feira.

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