O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, pontuou nesta quinta-feira (4), em entrevista durante visita à FENAGRO, que mantém uma relação pessoal de longa data com o senador Angelo Coronel (PSD), mas ressaltou que isso não se traduz em articulação política no cenário atual, dado o impasse que o senador enfrenta com o PT.
Neto disse que, apesar da boa convivência, não há diálogo sobre formação de chapas para as próximas eleições.
“Eu abraço e beijo Angelo Coronel há muitos anos, desde que comecei na política. Não foi por estarmos em campos opostos que deixamos de ter uma relação muito boa. Agora, uma coisa é relação pessoal, outra coisa é política. Não tenho nenhuma conversa política com o Coronel”, afirmou.
ACM Neto destacou que está aberto ao diálogo, mas lembrou que o PSD integra a base do governo Jerônimo Rodrigues (PT), o que impede qualquer movimento mais concreto neste momento. Ele também afirmou que a decisão sobre a composição da chapa governista pertence exclusivamente ao grupo aliado ao Palácio de Ondina.
“Eu sei que essa decisão não passa por mim, não depende de mim e nem eu quero me meter — ao contrário deles. Eles querem se meter no meu quintal, na minha cozinha, e com todo respeito, não vão. E eu também não quero me meter no quintal deles”, disse.
O ex-prefeito mencionou ainda o impasse interno do PT sobre a formação da chapa majoritária, citando Jaques Wagner, Rui Costa e Jerônimo Rodrigues como nomes que desejam estar no grupo. Segundo ele, caberá ao próprio PT decidir se haverá espaço para Angelo Coronel na composição.
“Quem tem que estar preocupado com isso é Jerônimo, Rui Costa, Jaques Wagner e companhia”, concluiu.
