Eleição 2026: Jerônimo diz que definição do Senado está longe e pede unidade na base

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O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou nesta segunda-feira (17) que a definição da chapa majoritária para as eleições de 2026 — especialmente a vaga ao Senado — ainda está distante de um consenso dentro do grupo político que governa o estado desde 2007. As declarações foram dadas durante entrevista à rádio Itapoan FM.

Jerônimo reconheceu que o cenário é complexo diante do grande número de nomes influentes que integram a base aliada.

“Eu sei que não estou facilitando a tomada de decisões do grupo liderado por mim. Tenho muitas pessoas de fortes influências na boa relação com a gente: o ex-governador Jaques Wagner, o ex-governador Rui Costa, o senador Otto Alencar, o senador Ângelo Coronel, a Lídice, o PCdoB, o Avante chegando. Nós temos que fazer essas discussões em um ambiente adequado”, afirmou.

O governador disse que o desafio não está na falta de opções, mas justamente na quantidade de potenciais candidatos para a disputa ao Senado em 2026.

“Alguém fica achando que a gente sofre. O ruim é quando a gente não tem nomes para escolher. No caso do Senado, temos Ângelo Coronel e Jaques Wagner com mandato, e o ministro Rui Costa diz: ‘quero colocar meu nome aí’. É justo fazer a boa disputa”, declarou.

A fala reforça o desconforto que se instalou na base governista após o ministro da Casa Civil, Rui Costa, manifestar publicamente o desejo de concorrer ao Senado, o que colocou em dúvida a permanência de Ângelo Coronel na chapa e acendeu um alerta sobre o equilíbrio entre PT e PSD — partidos aliados há quase duas décadas.

Jerônimo destacou que o processo de montagem da chapa majoritária precisa respeitar dois princípios internos: competitividade eleitoral e preservação da unidade política.

“Nós estamos colocando a nossa responsabilidade sob dois pilares. Um pilar é montar uma chapa competitiva para deputado estadual, federal, governador, vice e senadores. O outro pilar é uma chapa que agregue, que não crie desunião”, explicou.

Por fim, o governador reforçou que sua liderança não abrirá mão do diálogo e da preservação das alianças históricas.

“Nós não temos o comportamento de soltar a mão de ninguém. Nesse grupo aqui, senta-se, negocia, dialoga. Mas nós não soltamos as mãos de ninguém que está ao nosso lado”, concluiu.

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