Sílvio Humberto defende gelo gratuito e pagamento de direito de imagem para ambulantes no Carnaval

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Em um discurso na Câmara Municipal, o vereador Sílvio Humberto (PSB) reforçou sua luta por condições dignas para os vendedores ambulantes durante o Carnaval, exigindo que a Prefeitura de Salvador e os patrocinadores da festa custeiem o gelo e paguem o direito de imagem desses trabalhadores.

O vereador criticou a postura da administração municipal, classificando a adesão ao discurso de “trabalho decente” como um “choque de realidade” forçado pelas denúncias que ele próprio vem fazendo desde 2020 sobre as situações indignas enfrentadas pela categoria.

A reivindicação de Sílvio Humberto é que o custo do gelo seja incluído no “combo” de benefícios fornecidos aos ambulantes. Segundo o parlamentar, o gelo é um insumo único que, ao derreter e virar água representa prejuízo total e não pode ser reaproveitado ou vendido em outro lugar.

“O gelo é o único que não volta. Quando vira água, não pode ser utilizado de nenhuma forma. Então, para que essas pessoas não saiam no prejuízo, coloquem gelo de graça, pois assim, de fato, esses trabalhadores vão saber o que é lucro”, defendeu.

Outro ponto crucial do discurso é a questão do direito de imagem. O vereador questionou por que os ambulantes que carregam nas costas os símbolos das empresas patrocinadoras (como Ambev e Brahma) não recebem compensação por essa exposição.

“Não existem favores desinteressados. Quem fica com o dinheiro do Carnaval? Por que os ambulantes que usam nas costas o símbolo das empresas não têm direito de imagem?”, questionou o vereador, sugerindo que a Prefeitura deve exigir dos patrocinadores o pagamento desse direito aos trabalhadores.

Sílvio Humberto também relembrou as dificuldades enfrentadas pelos ambulantes em anos anteriores, citando as “filas indignas” e a falta de acesso ao cadastro online. Ele questionou a demora em oferecer “medidas simples”, como transporte público gratuito e espaços para deixar os filhos, destacando que “não existem favores desinteressados”. A proposta visa um “salto qualitativo” na cidade, buscando um Carnaval mais justo e verdadeiramente inclusivo.

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