O presidente da CBPM, Henrique Carballal, destacou, em entrevista ao OFF News, o impacto positivo que a instalação da primeira fábrica de vidro solar fora da China no município de Belmonte, região sul da Bahia, trará ao Estado da Bahia, comunicado nesta segunda-feira (9), em ato com empresários na FIEB.
“O primeiro é um dia de profunda alegria para nós baianos, como um todo. Lá ali próximo de Belmonte, Pedro Álvaro Cabral chegou e a lógica que o Brasil teve sempre foi de você ter os seus commodities exportados, ou seja, nós retirávamos a riqueza daqui enquanto matéria-prima que saía para fora do Brasil”, pontua Carballal.
“Então hoje nós temos aqui uma matéria-prima de altíssima pureza, de altíssimo valor agregado, que é uma sílica, que ao longo desses anos inteiros foi tratado com uma menor importância, qual de fato ela tinha. A CBPM até então vinha assinado um contrato com empresas para a produção de silistônio, como o nome em inglês está dizendo, pedra feita de sílica, uma pedra artificial”, destacou o presidente da CBPM.
“Eu imagine que absurdo, a Bahia é um dos maiores produtores mundiais de rochas fundamentais, então desperdiçando o material agregado para a transmissão energética. Então, mudando toda essa lógica, a gente conseguiu atrair um investimento muito poderoso de 1 bilhão e 800 milhões de reais para o município de Belmonte, onde vai ser instalado não apenas uma mina de distração da Sílvia, mas vai ser instalado uma indústria verticalizada para a produção de vidro solar”, arrematou o gestor público.
O empreendimento será dedicado à produção de painéis fotovoltaicos de alta performance, a partir da sílica de elevada pureza encontrada exclusivamente em território baiano. A unidade fabril utilizará tecnologia de ponta e integrará a cadeia de produção de energia limpa, posicionando o estado da Bahia como um protagonista global na indústria fotovoltaica.
“É bom para a gente falar em português? Claro! É a primeira fábrica de vidro solar do mundo fora da China. Hoje, vidro solar só é fabricado na China. Então, fora não tem nos Estados Unidos, não tem na França, não tem na Espanha, não tem em Portugal, não tem na África, não tem em nenhum do mundo”, ressalta Henrique Carballal.
“Só tem na China e agora vai ter no Brasil, na Bahia e no município de Belmonte, graças ao esforço feito pelo governador Jerônimo Rodrigues, pela equipe da CBPM e, mais uma vez, eu agradeço o empenho e o apoio do prefeito Iedo de Belmonte, que deu todas as condições para que a gente pudesse instalar essa indústria lá”, destaca o gestor da CBPM.
“Hoje, aqui na FIEB, o que a gente está fazendo é trazendo essa notícia para os empresários da Bahia, para que a gente possa ter não apenas a produção verticalizada, mas para que a riqueza verticalizada fique no nosso estado. Então que a indústria se prepare para atender”, destaca o presidente da companhia.
“Nós estamos falando de grande quantidade de combustível a ser consumido, de caminhões, de tratores, de fardamento, de alimentação, de segurança. Nós temos uma cadeia produtiva que está no entorno de uma atividade empresarial desse porte e que a Bahia precisa estar preparada para isso. Independente se isso é ou não função da CBPM, a gente está aqui”, reforça Carballal.
“Para em parceria com a FIEB, a gente construir um caminho para fortalecer o empresariado da Bahia e que esse empresariado possa, de fato, aproveitar uma oportunidade como essa para se desenvolver economicamente. E naturalmente, com isso, a gente desenvolver a economia do povo que vai trabalhar, que vai ter renda, que vai ter condições, portanto, de melhorar a sua condição de vida”, arrematou o gestor público.
