Vice-prefeito de Lauro de Freitas, Vidigal Cafezeiro (Republicanos) foi preso na manhã desta segunda-feira (23) por suspeita de desvio de dinheiro de emendas parlamentares na segunda fase da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal. As ações aconteceram em Salvador e em Vitória da Conquista, no sudoeste do estado.
Além de Carneiro, também foram presos Lucas Moreira Martins Dias, secretário de Mobilidade Urbana de Vitória da Conquista, Carlos André de Brito Coelho, ex-prefeito de Santa Cruz da Vitória, e o policial federal Rogério Magno Almeida Medeiros. Também houve o afastamento de Lara Betânia Lélis Oliveira, servidora da Prefeitura de Vitória da Conquista.
De acordo com as autoridades, a organização criminosa utilizava um esquema estruturado para desviar recursos públicos, provenientes de emendas parlamentares e consórcios, que eram direcionados para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais.
Conheça os suspeitos e como eles atuavam, segundo a polícia:
Vidigal Galvão Cafezeiro Neto
Vice-prefeito de Lauro de Freitas e médico, responsável pelo Fundo Municipal de Saúde. Ele é acusado de receber pagamentos mensais e teria tido dívidas pessoais pagas pela organização criminosa, utilizando contratos públicos fraudulentos firmados com uma empresa.
O nome do vice-prefeito apareceu em planilhas informais de contabilidade que constam que ele recebeu R$ 140 mil em um período de seis meses.
Carlos André de Brito Coelho
Ex-prefeito de Santa Cruz da Vitória, teria atuado como operador financeiro e político, organizando contratos fraudulentos e recebendo propinas. Ele foi vinculado a valores significativos registrados em planilhas e a depósitos feitos por empresas fantasmas controladas pelo grupo criminoso.
Ele recebia repasses no valor de R$ 1,7 milhão, parte deles associados a contratos públicos fraudulentos firmados na Secretaria de Educação de Salvador.
Lucas Moreira Martins Dias
Advogado, atuou como Chefe do Gabinete Civil e atualmente está lotado na Secretaria de Mobilidade Urbana em Vitória da Conquista. É acusado de receber valores provenientes de propinas através de depósitos fracionados e planilhas informais de contabilidade. Suspeito também de facilitar contratos irregulares com uma empresa.
Rogério Magno Almeida Medeiros
Agente da Polícia Federal, é suspeito de fornecer informações privilegiadas ao grupo criminoso e de receber pagamentos mensais pela função de vazamento de dados confidenciais sobre investigações. Ele também recebeu serviços pessoais pagos pelos líderes da organização criminosa.