A segunda fase da Operação Overclean, que investiga um esquema de pagamento de propina envolvendo empresários e agentes públicos, prendeu quatro pessoas na manhã desta segunda-feira (23). Entre os alvos está um policial federal, identificado como Rogério Magno Almeida Medeiros, que atua em Salvador.
De acordo com a investigação, o agente recebia uma mesada de R$ 6 mil para manter o grupo investigado informado sobre ações da PF, o que “causou bastante estranheza o fato de [ele] manter contato frequente, por meio de mensagens e de ligações via telefone móvel, com o investigado ALEX REZENDE PARENTE. Além do contato frequente, a transcrição das mensagens trocadas entre os dois evidencia intimidade no trato, vez que um se dirige ao outro como ‘irmão’ ou ‘amigo’”.
Conforme divulgado pela CNN, ainda segundo a Polícia Federal, nas trocas de mensagens, o agente ” marca encontros com ALEX REZENDE PARENTE, se coloca à disposição do ‘amigo’ e solicita, inclusive, a realização, em sua residência, de serviços de dedetização, que são autorizados como ‘cortesia’ por ALEX REZENDE PARENTE”.
Rogério Magno Almeida Medeiros é lotado na Delegacia do Aeroporto de Salvador e teria ajudado o grupo a embarcar com grandes quantias em espécie. Em uma planilha, os lançamentos que estariam direcionados ao policial estaria identificado com a silga “MAG”, consistente nas três letras iniciais do nome Magno.
Em 2020, o investigado foi exonerado pelo então governador Rui Costa (PT) da Superintendência de e Inteligência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Na ocasião, ele foi citado nas 6ª e 7ª fases da Operação Faroeste, deflagradas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF), que também resultou no afastamento do ex-secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, do cargo.
Já em 2017, Rogério Magno entrou na mira da Justiça durante a Operação Vortigern por suspeita de vazar dados sigilosos sobre investigações envolvendo o TJ-BA. A defesa do agente ainda não se manifestou.
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