Em meio aos rumores de migração, Juca Aleixo, retorno mais uma vez com sua pena de ganso para mostrar que na Bahia posição política é um estado da alma.
Estado de ministro
Após ser preterido na disputa na Câmara e perder o melhor amigo de Alagoas, o Cacique de Campo Formoso encontrou acolhimento nos braços de quem há pouco tempo atuou para impedi-lo de assumir o ministério: os petistas da Bahia. Como só o tempo é capaz de mudar percepções, o ministério será devolvido com pompas, dada sua decisão. Com o lobby dos vermelhos e aval do Super S, o político deve ser alçado ao comando das Minas e Energia, é o que se comenta nas rodas reservadas do alto escalão do poder em Brasília. A ida de Elmar para o Governo também deve apaziguar o partido e o bloco, que vive uma onda de ebulição acerca de qual perfil o político passaria a ter na Casa após ser pressionado a desistir da disputa à presidência da Câmara dos Deputados.
Sem as bençãos
Apesar de apresentar um plano de crescimento jamais vivido pelo Republicanos na Bahia, com a chance de eleição de seis a sete parlamentares federais, o embarque de Elmar Nascimento no partido não deve se concretizar. A operação, que tinha como cláusula pétrea a entrega do comando do partido como contrapartida para entrega dos parlamentares, em 2026, não deve ocorrer pelo fato do mesmo não ser batizado no Templo Maior e por isso não poder ser alçado ao comando da sigla. Articuladores importantes garantem que a ausência do acordo com o partido deve precipitar a ida do cacique para o outro lado, para seguir Avante. Há aqueles que garantem que se caso o partido nacionalmente decida aderir ao 13 ou o cacique decida não virar casa, uma nova cláusula poderá ser analisada e uma gestão compartilhada poderá ter início para tê-lo no partido.
Nova Casa?
Se concretizando, a ida de Elmar Nascimento para o Avante deve consolidar uma aliança impensável há pouco tempo atrás. De combativo líder da Oposição nos dois últimos anos da gestão Jaques Wagner, Nascimento ganhou notoriedade com um perfil moderado fora do plenário, alcançado amigos em diversas siglas. Elmar também foi um dos poucos a se rebelar contra ACM Neto diante de sua desistência às véspera da eleição de 2018, gesto considero de altivez por colegas e que o projetou como uma força no então democratas. O político é hoje dono de um grupo próprio, com seis parlamentares na ALBA e tem garantido que pode levar consigo, para onde for, quatro futuros deputados federais, com R$ 300 milhões em caixa.
Nova federação
Após reduzir em muitos estados e ver o PSDB crescer neles, a exemplo da Bahia, o Cidadania decidiu por fim à aliança com os tucanos e abriu conversa para se unir ao Solidariedade e ao PV. A união deve fortalecer ambos os partidos, formando uma liga de disputa mais parelha.
Efeito Bolsonaro
Esperando o comando Saúde de Salvador, há quem garanta que o partido do Capitão deverá se contentar mesmo é com o comando da SEMGE, além de uma estrutura bem generosa na gestão. Há quem garanta que a sigla poderá comandar os trânsito ou o lixo da cidade.
Efeito Bolsonaro parte 2
O PL vive um dilema para 2026. Fragilizado com a possibilidade de Jair Bolsonaro ir parar atrás das grades ou ‘exilado’, a sigla começou uma limpeza ideológica para mostrar aos políticos da Bahia que tem lado. A Caça às Bruxas inaugurado no PL pelo presidente estadual busca dar força e fôlego para eleger quadros de sua cozinha do ex-ministro ou aliados próximos, que apesar de não serem tão simpáticos ao bolsonarismo, sabem fazer bem o script do Capitão. A guerra interna do PL, que deve culminar na saída dos deputados estaduais e federal, deve provocar a ida do grupo e da própria Dra. Raíssa, nome forte do partido, para o Republicanos. Há quem aponte que a ida de Raíssa foi um dos fatores do partido para baratear uma operação de fortalecimento da sigla que iria ocorrer via ingresso de Elmar Nascimento.
UmNião
Apesar dos rumores da subida de três suplentes, apenas um vereador do União Brasil deve virar mesmo secretário. Segundo fontes importantes do Palácio Tomé de Souza, o nome é o de Kiki Bispo, que deve assumir o comando da secretaria Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza, que deve perder o Esporte e Lazer. Há quem garanta que há margem para o prefeito mudar de ideia e há dois nomes testados e aprovados engatilhados, caso opte por convocar para sua gestão mais parlamentares: Tinoco e Marcelle Moraes. O dilema é saber o que fará com o atual comandante da pasta, que participou ativamente da campanha à reeleição de Bruno e que se manteve fiel ao grupo, até o final.
De suplente a secretário
O primeiro suplente do PSDB, Felipe Lucas, deve assumir o comando da secretaria de Esporte e Lazer de Salvador, a ser recriada. A avaliação é de que prefeito de Salvador não deseja mexer muito nos quadros da Casa, sabendo que é mais barato realocar um suplente do que um parlamentar.
Mandato
E falando em manobras, o PDT de Salvador deverá indicar mesmo um vereador para ser secretário, em um movimento para trazer o Zilton ao mandato.
Mandato parte 2
E falando em PDT, a ida do ex-prefeito de Araci para o governo Jerônimo já é dado como certa. Há quem garanta que o ingresso se deu com a participação do governador Jerônimo Rodrigues (PT) no apoio à reeleição da prefeita de Araci, Keinha Jesus, fazendo campanha in loco.
Força
Apesar de caminhar para deixar o comando da eleição, o secretário Thiago Dantas tem agradado o grupo e seu perfil moderado e de lado na política poderá lhe render um cadeira entre os 513. Há quem garanta que Thiago Dantas se tornou o novo Guilherme Bellintani para ACM Neto.
Casa
A permanência do gabinete do governador do Estado no centro de inteligência da SSP-BA já está incomodando políticos até de grande paciência. A avaliação é que a medida inovadora destoa da tradicional articulação que o cargo necessita, permitindo o acesso rápido de secretários ao chefe de estado, ao invés do contato via zap ou o esperar chamar. A medida também tem sido apontada como responsável por uma série de erros cometidos pelo governador, que poderiam ser evitado mediante uma consulta rápida. A desculpa que era a reforma já não se sustenta mais, o que se vê é que o governador tomou gosto pelo local mais seguro do estado.
Sem teto?
E ainda falando do governador, não pegou bem a declaração de que não aproveita na reforma do seu secretariado quem tem pretensões para 2026. Muitos quadros importantes na campanha de 2022, e que almejam algo na próxima eleição, principalmente futuros ex-prefeitos, viram com estranhamento a declaração e o fato inovador, já que é de praxe a realização de uma reforma em ano de disputa para governador e deputados, para que os gestores interessados possam disputar. A fala levantou o questionamento acerca dos deputados federais que estão na gestão e que, obviamente, tem pretensões para 2026. Há também os que defendem a medida, alegando que ela promoverá isonomia eleitoral, e aqueles que viram na fala um recado endereçado.
Retorno do sobrenome
Corre nos bastidores do poder que um das próximas vagas para o tribunal de contas deverá ser ocupada novamente por um Alencar. A medida é dada como certa é por motivo de força maior, mas deve proporcionar a renovação trazendo para política uma nova ou um novo Alencar, inspirado na trajetória de pai e filho.
Retorno do sobrenome parte 2
E falando em retorno do sobrenome, corre nos bastidores um movimento silencioso e que avança na velocidade do som para elevar o nome Coronel novamente ao comando da Casa. A medida poderá ser a tábua de salvação para manter a Casa no comando do PSD.
Oposição raiz
E falando em Assembleia, já é dado como certo que o novo líder da Oposição será mesmo Samuel Júnior. O político, grande conhecedor do regimento e que goza do respeito da Casa, deve manter a Oposição na zona de ataque, um dos elemento fundamentais para que uma candidatura de Oposição possa ter força, já que a fragilidade do Governo é maior nos dois últimos anos de governo. Para vaga de Samuel na mesa deve ir o tucano amigo.