O ministro da Casa Civil do governo Lula, Rui Costa, descartou, em entrevista durante participação de um ação do PSB com prefeitos, na manhã desta sexta-feira (22), uma crise na relação com o senador do PT e apontou que os rumores de que estaria entrando em rota de colisão com Jaques Wagner (PT), que sucedeu no governo da Bahia, para indicar nomes para a reforma administrativa de Jerônimo Rodrigues (PT), seu sucessor, são criação da imprensa.
Ele negou que tenha indicado ou que queira indicar secretários para gestão Jerônimo Rodrigues, apontando repetir a fórmula feia por Jaques Wagner com ele, quando assumiu o governo.
“Essa suposta crise só existe nos blogs e nos sites. Eu fiz com o Jerônimo o que Wagner fez comigo. Eu não pedi nenhuma secretaria, não pedi nenhuma empresa, não pedi nenhum órgão ao governo do Jerônimo, assim como Wagner não tinha me pedido. Acho que essa é a receita do sucesso, quando um ex-prefeito tenta governar no lugar do prefeito eleito é problema na certa. Todos os exemplos são de que isso dá problema. Então eu segui a receita que eu aprendi com Wagner, quem governa é quem foi eleito”, pontuou Rui Costa.
“Eu vejo com absoluta surpresa. Eu não sei da onde que a criatividade de blogs e sites diz que eu estou indicando fulano, beltrano, que eu estou disputando. Não tem nenhum, nenhum, nenhum. Eu não pedi nenhuma secretaria, nenhum cargo do governador e nem vou pedir. As opiniões eu dou a ele, toda vez que ele me pede uma opinião. Eu sento com ele para poder dialogar como Wagner sentava comigo para poder dialogar”, aponta o ministro da Casa Civil.
“E também não tem nenhuma dificuldade. Ao contrário, eu tenho uma relação com Wagner de mais de 40 anos. Não tenho nenhuma dificuldade com ele, não tenho nenhum arranhão na relação com ele. Então, não procede nenhuma dessas informações que eu estou disputando com ele a secretaria A ou B. Eu não só não estou disputando, como eu não indiquei ninguém e não vou indicar ninguém; porque acho que a gente tem que dar total liberdade aqui. Eu tive liberdade para governar e governei. E, portanto, eu não privei e não vou privar o governador dessa liberdade para governar”, finalizou o ex-governador da Bahia.