As rodovias BRs 324 e 116, fundamentais para o tráfego no estado da Bahia, terão obras de recuperação após a quebra do contrato com a concessionária ViaBahia, responsável pela administração das vias. O anúncio foi feito pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta quinta-feira (24). Segundo ele, a rescisão do contrato foi negociada de forma pacífica, após anos de críticas e insatisfação com os serviços prestados pela empresa.
“O DNIT [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes] vai assumir as rodovias e as obras de manutenção terão início já no primeiro semestre do próximo ano”, explicou Rui Costa durante entrevista ao programa PNotícias, da rádio Piatã FM. Segundo ele, a decisão foi tomada após consultas ao Tribunal de Contas da União (TCU), que ajudou a mediar a rescisão através de uma câmara de conciliação.
O ministro ressaltou que, em 2025, o DNIT continuará à frente da administração das rodovias, já que o processo de concessão é demorado e envolve uma série de procedimentos legais. “Uma nova concessão não se faz em menos de um ano. Enquanto isso, não podemos deixar as estradas na situação em que se encontram”, declarou. Ele também informou que equipes do DNIT já realizaram levantamentos detalhados nas BRs 324 e 116 para iniciar as obras.
As críticas à ViaBahia, concessionária que administrava as rodovias, vinham crescendo nos últimos anos. O deputado estadual Marcinho Oliveira (União Brasil) chegou a propor uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) na Assembleia Legislativa da Bahia para investigar a empresa, mas a proposta não avançou. No Congresso Nacional, grupos de trabalho também se mobilizaram para tentar revogar a concessão, que enfrentava resistência na Justiça há cerca de nove anos.
Entre as principais queixas contra a ViaBahia estavam a falta de manutenção das estradas e a presença de buracos nas vias, problemas que prejudicavam o tráfego e causavam transtornos para motoristas e moradores da região.
De acordo com Rui Costa, a nova concessionária deve assumir a administração das rodovias apenas em 2026, após a realização de todos os trâmites legais, incluindo licitação e aprovação pelo TCU e pelo Ministério dos Transportes.
