O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) não poupou críticas ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) sobre a situação da segurança pública na Bahia por conta dos recentes casos de violência no Estado.
“Eu queria perguntar ao governador o que precisa acontecer, o que mais ainda a gente precisa é deixar acontecer para que ele perceba que a segurança pública do Estado da Bahia está falida. Há uma falência total da segurança pública. Nós temos bons policiais, bons comandantes, bons coronéis, um bom secretário de segurança pública. Mas o que precisa é de um governador bom, um governador que chame a responsabilidade para ele mesmo e que diga: ‘Nós vamos resolver’. Do jeito que está, não está satisfatório”, avalia Alan Sanches.
Em conversa com a imprensa nesta terça-feira (15), o parlamentar lembrou de três casos: a de um ônibus queimado por uma facção criminosa na avenida Paralela; o assassinato de dois jovens após fazerem um gesto com as mãos; e o fato de políticos serem proibidos de entrarem em algumas comunidade durante as eleições para apresentar suas propostas.
“A Bahia vive um momento de insegurança gigantesco. Nós ontem percebemos aqui quando a maior via de trânsito aqui de Salvador [Paralela] foi interrompida com um ônibus [incendiado]. Você não consegue atravessar Avenida Paralela hora e uma, e ontem eles conseguiram atravessar o ônibus e tocar fogo para chamar a atenção de todo o nosso estado, prejudicando toda a população, levando uma insegurança enorme para todos nós”, aponta o político.
“A gente pode retornar um pouquinho agora nesse período eleitoral, e ainda, também o que estamos vivendo em Camaçari, que você hoje precisa ou pagar um pedágio ou você pedir permissão àquela determinada facção para que você possa penetrar, entrar nos bairros, nas comunidades para demonstrar os seus projetos. Hoje foi falado pelo próprio líder do governo [na Assembleia Legislativa da Bahia, Rosemberg Pinto] que também trouxe esse tema, que hoje as facções tomaram conta de Salvador”, destacou o parlamentar.
“A gente pode falar também desses assassinatos de pessoas inocentes. Hoje, as pessoas estão achando que são impunes. Elas podem, porque dois jovens, semana passada, foram assassinados porque simplesmente estavam fazendo um número [com as mãos] que a outra determinada facção achava que aquilo era uma afronta para eles”, salienta o líder da
“Então, o que precisa mais acontecer para que o governador tome uma posição? Tome uma postura, governador. Não é possível que dia após dia a gente venha trazendo esses fatos e vossa excelência não tome uma posição. O que precisa mais acontecer para que o governador veja que precisa tomar a medida? Ele é o governador do estado, só ele pode fazer algo diferente do que está acontecendo aí”, arremata o deputado estadual do União Brasil.



