Com o cacau em alta, Juca Aleixo retorna para contar que na terra do chocolate ninguém quer ficar sem seu doce nesta eleição.
Chocolate quente
Na terra do chocolate, o clima esquentou entre o Jabes e Valderico e o ex-prefeito resolveu chutar o pau da barraca a se sujeitar ao papel de figurante. Jabes tinha a seu favor o acordo e a liderança nos levantamentos internos para ser o cabeça, Valderico a tendência pela renovação e a margem para crescimento. No final das contas, ouvindo os padrinhos, Valderico decidiu bater o pé e acabou levando.
Day after
Após o comunicado de Jabes, os chamados Jabistas já começaram a se movimentar para alianças no outro lado da rua. Alguns pré-candidatos a vereadores mais ligados a Jabes, que não querem nem ouvirem falar de Valderico, já estão iniciando conversas com o grupo de Bento, outros com o grupo de Adélia. Enquanto isso um movimento está sendo feito às pressas para freiar o desembarque, movimento esse que muitos apontam que só poderá ter sucesso se o próprio Jabes ordenar que todos fiquem onde estão.
Day after parte 2
Com a saída de Jabes, há quem acredite que o PP ainda requeira e consiga indicar a vice. O próprio Jabes já havia declarado que se o PP ficasse com a vice, o nome seria o de Cacá Colchões, presidente da sigla na cidade. Por outro lado, partidos como PDT, PL, e Novo, que estão também interessados em uma pactuação via indicação da vice, apresentam seus nomes. O Novo apresentou Wanessa Gedeon, o PDT Augustão e o PL Coronel Resende.
Provocação
E o prefeito de Ilhéus não deixou barato o recuo do cacique do PP da disputa e, durante entrevista a uma rádio da cidade, prestou ‘solidariedade’ a Jabes e cutucou Valderico classificando como aventureiro e sonhador.
Frente ampla governista
Após a definição do candidato adversário, o prefeito Marão viajará para Brasília nesta segunda-feira para discutir a unificação da base em Ilhéus com o senador Otto Alencar e o ministro Rui Costa. A avaliação interna expressa nas pesquisas é de que mais de uma candidatura pode fortalecer o nome da Oposição e provocar desgastes com os ataques naturais entre candidatos da base do governador caso a situação se mantenha como está. Na militância de cada candidato o ritmo da animosidade já está alto, principalmente entre os Bentistas e Adelistas.
Troca
Há quem aponte que quem pode se dar bem com esse cenário de pulverização que se criou é o próprio prefeito Marão, que pode promover um recuo de Bento em troca da garantia de sua eleição de deputado federal. Recentemente ele fez um gesto que foi entendido como de fortalecimento de sua candidatura, em 2026, junto ao senador Otto Alencar ao se afastar da disputa em Itabuna.
Profeta?
Ao comunicar sua renúncia, Jabes previu a união entre os candidatos da base de Jerônimo Rodrigues em Ilhéus. Muita gente se questiona se foi um ato profético ou se o político recebeu informações privilegiadas.
Unida à vista
E o líder, principal padrinho da candidatura de Adélia, foi às redes sociais comunicar que Ilhéus esteve na mesa durante o encontro com o vice-prefeito e pré-candidato ao executivo na cidade. Sem conseguir decolar nas pesquias, interlocutores políticos da cidade apontam que ele não teria dificuldade de recuar na candidatura caso a eleição do filho a vereador fosse garantida, assim como melhores espaços na gestão e uma ajuda para ele retornar ao parlamento.
Azevedo News?
E o deputado Estadual Sandro Régis fez até uma chamada de notícia urgente para tratar do encontro com Capitão Azevedo e com o vice. Chamou atenção a forma como ele tratou o pré-candidato, como prefeito eleito. A unidade por lá está cada vez mais distante e o que dizem na cidade é que até o prefeito anda colocando gasolina para turma andar em desunião no pleito.
Recado para o Correria
A declaração do senador Otto Alencar de que o direito à reeleição é intocável foi analisado pelo grupo da cozinha de Rui Costa como um duro recado de Wagner a ele. A guerra fria nos bastidores está esquentando a cada dia e há quem garanta que para viabilizar mais uma vitória eleitoral, o Correria terá que adiar mais uma vez o sonho de chegar ao céu.
À vontade
A presença do Correria e do vice na festa de Elmar foi interpretado como um aval do governo para o candidato de Lira. Apesar do movimento de Brito, que teve a coragem de ir até Bolsonaro em busca de apoio, o martelo já teria sido batido por Lira, inclusive há meses, com a cúpula do dinheiro em um réveillon em uma ilha da Bahia de Todos os Santos. Brito carrega a esperança de que Lula chute o pau da barraca, coisa que parece cada dia mais distante de acontecer.
Corajosos
O que tem de pré-candidato a prefeito e a vice desfiliando com praguinhas com fotos de chapa confiando em conversa de marqueteiro e advogado de que não se configura crime não está no gibi. A turma pensa que o TSE é bobo, se esquecem de consultar todas súmulas. Uma hora a conta chega e muitos já pagaram com o cargo. Recentemente um parlamentar pré-candidato em uma grande cidade da Linha Verde fez questão de ‘ostentar’ ao lado do governador sua propaganda. Abre o olho, turma.
Induto eleitoral
E falando em parlamento, o presidente da ALBA e o do Conselho de Ética não gostaram nem um pouco da acusação de corpo mole feito pelo deputado assembleiano acerca do caso Binho Galinha. A avaliação dos deputados é de que o presidente ‘não entra em nada’, já que solicitou a instalação do Conselho de Ética, e que se alguém tem culpa pelo passo tartarura, é mesmo o presidente Vítor Bonfim. Nos bastidores o que se comenta é que o parlamentar conta com um induto eleitoral, e que até a eleição ele estará protegido por motivos estratégicos.
Para cima
E o cacique do MDB mandou um duro recado para turma após ver naufragar a tese da campanha de chamar Bruno Reis para o pau para passar o recibo de que há uma disputa dura em andamento. Ao negar entrar no jogo, Reis não sai da dança, mas guarda o armamento para quando a guerra eleitoral for deflagrada.
Cadê o time?
Tem chamado atenção e irritado a turma do líder o fato dos vereadores não saírem em sua defesa diante das críticas dos adversários. O movimento de blindagem tem se resumido ao presidente do PT, que paga e muito bem a fatura do Galelo. De resto são poucos os posicionamentos em defesa de Geraldo, apesar de um ou outra nota criticando áreas da gestão.