O vice-governador da Bahia, João Leão (PP), classificou a polêmica envolvendo o cancelamento de convênios por parte da Conder como um ‘estelionato convenial’.
Circulou na última semana uma lista de convênios cancelados. Diante da repercussão do texto em grupos de whatsapp, o governo divulgou nota dizendo que se tratava de uma fake news e que os convênios nacionais estavam mantidos. Dias depois o governo publicou no Diário Oficial o cancelamento de alguns convênios e a republicação de outros.
“Rapaz, a informação que eu tenho, de prefeitos, é que o governador disse que os caras fizessem as obras que depois das eleições pagaria. 1º que isso legalmente não pode ser feito; 2º, o cara para fazer uma licitação, para fazer uma determinada obra, ele tem que ter na dotação orçamentária da obra, pelo menos 10% valor da obra. Se o cara não tem os 10% e não tem o convênio, como vai fazer a obra? Não pode, não é legal e nem moral. Isso foi um estelionato convenial”, provocou João Leão em entrevista ao OFF News.
Ele criticou o fato do órgão não responder aos questionamento do presidente da UPB, Zé Cocá (PP), como mostrou o OFF News.
“Rapaz, o que Zé Cocá está pedindo é a relação dos convênios. Zé Cocá quer a relação dos convênios cancelados com os valores. O que Zé Cocá está querendo é legal e moral. Quem está pedindo não é Zé Cocá, é a UPB. E isso é o legal que a UPB pode fazer. No entendo porque não recebeu nenhuma resposta. Aí eu que lhe pergunto e pergunto ao governador: por que não responde? Ele diz que não foi cancelado… Bonitão! A Bahia inteira viu convênios de uma canto, no outro, ele passou um mês só anunciando convênios. E aqueles convênios que anunciou, estão aonde mesmo? O cancelamento consta no Diário Oficial”, pontuou Leão.
Em tom de provocação, o vice-governador da Bahia disse que a não efetivação dos convênios foi provocada por uma pane seca na caneta do governador da Bahia.
“O problema é que ele estava com muita tinta na caneta e a tinta secou. Ele achava, o estado tinha os recursos da Educação para receber, em função ações que o estado entrou, os precatórios, e os recursos não chegaram ainda. Ele contou com o ovo na galinha. Acho que foi isso, não tenho certeza, não estou mais na Seplan, e nem recebi nenhuma informação lá de dentro”, pontuou o político.
O vice-governador aponta que os cancelamentos de convênios são apenas um dos motivos que explicam uma debandada de prefeitos aliados do governador Rui Costa para o grupo do pré-candidato ACM Neto (UB).
“Está tendo uma debandada e vai aumentar, vai aumentar muito ainda. Não é só por causa dos convênios. Um dos motivos é os convênios, porém o que está se vendo é o seguinte: o crescimento de ACM Neto está muito rápido, eu não esperava que ele chegasse a 61% como chegou e Jerônimo com 11% e Roma com 6% agora. Esperava que isso iria acontecer depois do início da propaganda eleitoral. O crescimento está muito rápido. O povo da Bahia está consciente de que tem que haver uma mudança, e isso tem se demostrado em todas as pesquisas…”, ressaltou o pepista.
“A não ser algumas pesquisas de internet. Uma pesquisa de internet você pode dizer para turma, a pesquisa vai sair amanhã, se prepare para mandar informação; isso é um site, não é uma pesquisa. Acho que aquilo deve ter dado Jerônimo na frente e eles consertaram. Um batalhão de robô fazendo isso”, concluiu Leão, lembrando pesquisa divulgado pelo A Tarde que colou Jerônimo Rodrigues em ACM Neto.
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