O presidente do Conselho do Carnaval (COMCAR), Flávio Souza, defendeu, durante sessão em homenagem a Dodô, na Câmara Municipal de Salvador, na manhã desta segunda-feira (22), que o poder público informe que irá realizará o Carnaval em 2022, mesmo que depois, caso haja uma explosão de casos da Covid, o evento seja cancelado.
O evento foi organizado pelo vereador Maurício Trindade (MDB).
Ele cita que sem a festa, que gera renda para milhares de trabalhadores braçais, muitos pais de família poderão virar bandido.
“Carnaval não é loja que vira chave a abre, requer planejamento. Salvador está recebendo turista, sabe quantas reservas para o carnaval? 0; enquanto SP e Rio estão levando nossos turistas, o risco de esvaziamento para 2023 é muito grande. Não estamos colocando o carnaval acima da vida. É melhor anunciar a ter cancelar, caso haja nova cepa, do que deixar anunciar dezembro e janeiro. O Ambulante leva receita para sustentar a família durante seis ou oito meses. O homem de bem vai virar bandido, ninguém suportar chegar em casa ver o filho passando fome. Temos o pior IDH do Brasil. É preciso que se anuncie o carnaval para criarmos protocolos e fiscalizar”, explica Flávio Souza.
Em tom de ironia, ela diz que o Carnaval vai ocorrer, como já está ocorrendo nos bairros da periferia de Salvador, através das festas irregularidades: “Carnaval haverá, como está acontecendo todos finais de semana em bairros em Salvador, um paredão em cada bairro. Porque 35 mil pessoas estão no estádio e no evento só pode três mil. Nos colocaram como o grande vilão da pandemia”.
Outro que defendeu o comunicado imediato do festejo foi Washington Paganelli, presidente do bloco As Muquiranas e Coordenador do Carnaval 2022.
Segundo ele, a decisão acerca do Carnaval, por parte do poder público, será entre a escolha por uma festa organizada ou desorganizada: “O poder público terá que dizer qual Carnaval quer; se com barreira sanitária, toda segurança, ou desorganizado. Carnaval vai ter, ou alguém duvida? Vai ter Carnaval em Cosme de Farias, no Nordeste de Amaralina, nos bairros do Subúrbio. Vamos defender o Carnaval”.
O presidente do Sindicato dos Músicos, Sidney Zapata, reclamou da politicagem e cobrou que haja um meio termo.
Para ele, caso o estado não se posicione, o Carnaval de 2022 será privado.
“Não fazer o Carnaval responsável fortalecerá o Carnaval indoor, dos empresários. Não temos meias palavras, tem que haver meio termo onde nossa categoria tenha meios de sobreviver. Não queremos viver de SOS disso, daquilo, a gente quer trabalhar. Não nos coloque nesse turbilhão como dano colateral de politização de A e B. Na mesma hora dá meio dia na casa dos governantes dá na casa dos músicos”, destaca Zapata.



