A CPI da Covid ouvirá o auditor do Alexandre Marques, do Tribunal de Contas da União, que criou um documento indicando que houve supernotificações de óbitos na pandemia.
A revista Crusoé apurou que o documento citado várias vezes por Jair Bolsonaro (sem partido) foi inserido num sistema interno dos servidores da corte às 18h39 do domingo (6), horas antes de Bolsonaro alardear a apoiadores ter o material em mãos.
“É fundamental que a CPI reconstitua o que ocorreu entre as 18h39 de domingo, 6, ou seja, o momento em que o auditor agora afastado do TCU inseriu o texto de sua autoria num sistema interno de auditores do tribunal, e a manhã de segunda-feira, 7, quando Bolsonaro reconheceu ter remetido o ‘relatório paralelo’ a seus amigos na imprensa, para ser publicado ‘à tarde’. É preciso saber, sobretudo, se Alexandre Silva Marques obedeceu ordens. Ou se ao menos Bolsonaro sabia que estava recebendo e repassando a terceiros o produto de um crime cometido pelo auditor, o que pode fazê-lo incorrer em crime de responsabilidade”, diz O Antagonista.



