O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), criticou a postura silente do governador Jerônimo Rodrigues (PT) diante do flagrante de trabalho análogo à escravidão nas instalações da BYD em Camaçari. Uma força-tarefa liderada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) resgatou 163 chineses e interditou as obras na última segunda-feira (23).
“O governador, que tanto cobra um posicionamento das pessoas, agora não deve se esconder. Governador, você é o líder de um governo, você é o líder da Bahia, precisa se posicionar sobre essas coisas. Não se esconda, governador. Trate isso realmente como deve ser tratado, com a importância que precisa. Mais uma vez, o senhor se esconde dos problemas que a Bahia enfrenta”, disse Sanches em um vídeo publicado nas redes sociais [veja abaixo].
De acordo com o MPT, as condições encontradas nos alojamentos revelaram um quadro alarmante de precariedade e degradância, assim como a situação sanitária era especialmente crítica, “com apenas um banheiro para cada 31 trabalhadores, forçando-os a acordar às 4h para formar fila e conseguir se preparar para sair ao trabalho às 5h30”.
“Nós não vimos em lugar nenhum uma linha do governador Jerônimo defendendo as pessoas. O direito trabalhista dessas pessoas, os direitos humanos, nós não vemos nenhum dirigente do Partido dos Trabalhadores em defesa dessas pessoas, em defesa também dos empregos aqui para os baianos”, acentua o deputado Alan Sanches, ao expor a distância entre o discurso e a prática dos governos petistas na Bahia.
O líder da oposição lembrou ainda que a vinda da montadora chinesa à Bahia foi precedida por uma promessa de geração de empregos para os baianos.
“Se era para gerar emprego aos baianos, por que traz 160 chineses? E quando você traz esses chineses, você ainda dá um tratamento desumano. É dessa forma realmente que o governo acha que deve tratar as pessoas?”, questiona Alan Sanches.
1 Comentário
Oi boa tarde isso na China é normal o trabalhador chinês é escravizado, e não pode se questionar. Pois serve ao seu líder Mao- Tsé-Tung e a mão de obra lá é uma verdadeira escravidão.