O deputado federal Zé Neto (PT) voltou a apontar que a eleição de 2024 não terá o script dos anos anteriores em que disputou com Zé Ronaldo. Ele aponta que hoje, em um cenário de ambos velhos conhecidos dos Feirenses, o debate será entre os projetos.
Ele destaca que o sentimento na cidade é de mudança e está embalado pela vitória no primeiro turno do pleito de 2020 e pelo arco de aliança montado para 2024, que inclue ao menos 8 vereadores e 11 partidos.
“Olha, é um cenário, assim, de mudança. As pessoas querem mudança. A disputa não é mais uma disputa do velho e do novo, porque tanto ele como eu somos bem conhecidos nesse processo histórico de disputa de projeto em Feira. Mas é como eu disse, disputa de projeto”, avaliou Zé Neto após participação na sessão em homenagem à Santa Casa de Feira de Santana, nesta segunda-feira (20), na ALBA.
“É como quem diz, olha, tiveram o tempo deles, passaram 24 anos, a cidade reclama por uma atenção melhor do que existe. Temos o transporte coletivo mais caro do Nordeste e um dos piores do Brasil. Temos escândalos que vão se acumulando, como o BRT, por exemplo, que nunca funcionou. Inclusive o Recurso Federal se ajudou a trazer o recurso com o Governo do Estado e nós ajudamos também nesse processo lá de construção do BRT, que acabou não saindo do desejo, porque é um dos maiores escândalos da história da cidade”, apontou o petista.
“Tem a questão da saúde, tem a questão da educação. Saúde não tem atenção básica, todos sabem que sem atenção básica a regulação vai ter problema, vai enxugar gelo. O maior núcleo de saúde da história do Nordeste foi construído em Feira Santana, do interior do Nordeste, a gente construiu lá o Hospital da Criação, o Hospital Clériston 2, levamos três UPAs, levamos a policlínica, ampliamos o atendimento de saúde do Planserv. (…) Temos tantas situações que mostram que as pessoas querem, sabe o quê? Mudança”, ressaltou o deputado federal.
O político reforçou que o cenário está mais favorável para uma candidatura de Oposição na cidade.
O povo quer Mudar, ver um futuro, diria um futuro onde Feira deixe de ser isolada, como anda isolada há anos, não conversa com o governo federal, não conversa com o governo estadual, até mesmo quando o governo federal esteve na mão de um presidente de direita, a gente não viu se trazer nada para a Feria de Santana”, pontuou o pré-candidato a prefeito.
“Então agora, como a gente tem dito lá no dia a dia, é outra história. Amadurecimento, a gente vem com uma crescente, a última eleição ganhamos no primeiro turno, ganhamos a disputa política e perdemos no segundo turno, numa eleição que até hoje todo mundo sabe que ali ficou muito mais explicado o que aconteceu no segundo turno. Tínhamos também um ingrediente que ficou muito desfavorável ao nosso time, que era uma pandemia e nos tirou das ruas, nos tirou do corpo a corpo, que é o que a gente mais sabe e mais gosta de fazer, estar junto com o nosso povo, com a nossa gente, trabalhando no corpo a corpo”, reforçou Zé Neto.
“Construindo com o nosso povo, com a nossa gente, os projetos para buscar as alianças que são necessárias para poder melhorar a cidade; portanto, estou muito confiante, hoje a gente teve aí a chegada do PSOL junto com a Rede e estamos muito felizes, são 11 partidos, nós tínhamos quatro partidos conosco, temos 11 já, tínhamos um vereador, já estamos chegando no oitavo vereador; então tem um ambiente muito favorável, muito salutar, que é com Jerônimo governador, Lula presidente e, pode ter a certeza, vai ser outra história”, avaliou o petista.
Investimentos
O político destacou que Feira tem sido o foco dos investimentos do Estado e do Governo Federal.
“Olha, os maiores investimentos da história de Feira chegaram nos últimas duas décadas principalmente através de que? Minha casa, minha vida, 52 mil unidades fomos nós, nossos governos. Saneamento básico mais de 1 bilhão e 10 milhões, temos diversos investimentos, as grandes avenidas que a cidade recebeu, a gente não pode minimizar a importância de ter Governo Federal e Governo Estadual”, pontuou Zé Neto.
“As avenidas, os viadutos. Fizemos isso sem ser a Prefeitura, não tínhamos a Prefeitura, mas com a Prefeitura é muito mais fácil, é muito melhor e muito maior esse processo de ganho de emendas, de recursos, de convênios. Então acho que é uma bobagem de falar isso, é importante sim, agora, por outro lado, é bom lembrar que nós temos sim uma grande uma grande tarefa aqui”, avaliou o político.
“As pessoas precisam reconstruir a cidade a partir dela, a partir do entendimento de que a sociedade defenda, que os movimentos populares, que os movimentos do setor empresarial, do setor dos trabalhadores, dos ambulantes, do esporte, da saúde, enfim, que os movimentos querem um outro caminho. Eu concordo que, nisso eu concordo com o meu adversário, a gente precisa sim de uma grande transformação dentro da cidade”, avaliou o político.
“E eu tenho aqui uma coisa para lembrar. Há 24 anos, esse mesmo grupo, as mesmas pessoas, mudou um momento ou o outro o prefeito, mas com as mesmas peças, com a mesma característica. E hoje é há uma disputa entre manter o que está lá e criar uma nova história. Está muito claro. Ele quer manter o que está lá, a gente quer criar uma nova história. O que está lá, me parece que as pesquisas apontam muito isso. As pessoas, a grande maioria da população, quer uma mudança. E essa mudança, a gente vai saber como fazer, por que fazer e com quem fazer”, arrematou o deputado federal.