O presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, apontou, em entrevista ao OFF News, que o acordo de Cooperação Técnica, para promover práticas sustentáveis do setor na Bahia, é a consolidação de uma sinergia interna do governo Jerônimo Rodrigues entre a estatal e a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Superintendência de Estudos Econômicos (SEI) e a Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás).
Carballal destacou um episódio recente da manutenção de uma grande empresa do setor de mineração na Bahia por força de uma ação da Bahiagás no fornecimento de combustível limpo, diante de uma normativa da União Europeia que passou a proibiar a compre junto a empresas que fazem o uso de combustível de alta poluição em sua cadeia produtiva
“Com a Bahiagás a gente já vem conversando, esse termo de cooperação é uma mera formalidade. Tem uma empresa que iria ter contratos extintos junto à Comunidade Europeia e, se a Bahiagás não se dispusesse a fazer os investimentos, levando gás para garantir uma fonte energética para o processo produtivo com uma agressão mínima, como solicitou à União Europeia (…)”, destacou Carballal durante ato de assinatura na noite desta terça-feira (23), na sede do órgão.
“(..) A União Europeia, em função dos tratados que vêm sendo realizados, já estava pressionando esta empresa que produz um mineral importante na Bahia por conta dessa situação. Então, antes mesmo do tratado ser assinado, a boa vontade do presidente da Bahiagás, o professor Gavazza, já vinha na realidade dialogando conosco e identificou essa situação, estabeleceu um planejamento estratégico da empresa para que ela pudesse levar essa fonte energética para esta empresa e dessa forma a Bahia não perdesse uma produção importante, não perdesse um recurso importante”, ressaltou o presidente da CBPM.
Carballal destacou que o termo de cooperação dará previsibilidade de investimento tanto para o setor mineral como para o de gás e energias limpas, gerando emprego e renda para os baianos através de ações em parceria e intermediação da Setre.
“Mesmo antes da assinatura desse termo, a gente, que já dialogava dentro do governo, formaliza um contrato que vai possibilitar, no caso da Bahiagás especificamente, planejar as suas ações de crescimento, os seus investimentos futuros a partir exatamente daquilo que a atividade minerária, a partir das pesquisas que essa CBPM já tem”, apontou o gestor.
“Com relação à Setre, nós já vamos buscar exatamente identificar quais são as atividades profissionais, qualificar essas pessoas para que elas possam trabalhar. Imagine, você tem uma grande atividade minerária na determinada cidade e quando as pessoas que vão trabalhar com melhores salários vem de fora por falta de qualificação nessas cidades. Então, nós, com esses termos, nós vamos permitir exatamente isso”, explicou o presidente da CBPM.
“E com a SEI, a SEI é inteligência, muita gente não conhece esse órgão, que é um órgão fundamental porque ela possui os dados. Não vamoa planejar as ações, não vamoa fazer as políticas a partir do achismo, vamos fazer com base em dados científicos; ou seja, em função da política que o Brasil viveu nos últimos anos recentes, nós vimos a loucura até de gente dizer que a terra é plana, não, a terra não é plana, a terra é redonda… Então quando a gente fala em planejar uma ação, a gente realiza essa ação com base em dados científicos e SEI é a musculatura necessária para que a gente possa dar passos seguros no desenvolvimento econômico e social da Bahia”, destacou Henrique Carballal.