O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), apontou que solicitou uma agenda como o ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, para tratar das chamadas saidinhas, alvo do Congresso Nacional.
“Tanto eu quanto o presidente Adolfo recebemos na semana passada o ministro, ministro Salomão, corregedor do sistema de justiça do Brasil eu não acompanhei o diálogo com o presidente Adolfo, mas na reunião comigo eu tive a oportunidade de pautar esse tempo e dali nós tiramos um encaminhamento, nessa direção (saidinha), está dizendo, dali ficou patente que nós apresentaremos ainda essa semana uma proposta de trabalharmos juntos o poder judiciário, o TJ, o Ministério Público, a Defensoria, que também tem relação com isso, a Assembleia e a gente poder tirar um encaminhamento”, apontou Jerônimo Rodrigues.
“Eu espero que isso surta efeito, eu já sentarei na próxima semana com a PGE, e nós já temos um conjunto de documentos e posições elaboradas para que a gente possa levar a Brasília ou trazer aqui novamente o ministro e a gente possa naturalmente encontrar uma saída para isso. Não dá para a gente fazer o papel de polícia, entregar justiça, pessoas com… eu relatei para o ministro Salomão, no ano passado tivemos relatos, e vocês presenciaram isso, de policiais que foram atingidos por um projétil de pessoas que estão tornozeleira, de pessoas foragidas; ou então de pessoas que estavam afastadas com aquela saidinha”, pontuou o governador da Bahia.
“Então, a minha intenção é realmente aprofundar essa situação, essa relação, de uma hora para a outra, temos que construir um ambiente favorável, principalmente na justiça, mas isso com certeza a gente vai chegar a um documento, a proposição que ajude a justiça à continuar fazendo o que for de direito, com autonomia, com soberania da justiça, mas se a gente puder fazer isso em prol ao bem da sociedade, da segurança baiana, acontecerá”, garantiu o chefe do executivo estadual.
“Eu também já pedi uma agenda com o ministro Lewandowski, ele está com uma agenda de viagens. Eu espero que até o final do mês ou no início do outro a gente possa apresentar também ao ministro Lewandowski um balanço do que fizemos com o Flávio Dino. Dino teve aqui três vezes na Bahia. E ali a gente tinha um plano de ação, de apoio, de suporte, de financiamento, de defesa das fronteiras”, arrematou o petista.
O governador destacou que dois bairros do subúrbio estão ocupados após uma guerra do tráfico ser deflagrada.
“Imagina, nós estamos fazendo todo o trabalho aqui de operações. Nós estamos com dois bairros ocupados com a Polícia Militar. Nós estamos, a partir de ontem à noite, em um Micareta de que fizemos operações uma semana, duas semanas antes, prendendo armas, drogas”, destacou Rodrigues.
“Então, nós estamos fazendo o dever de casa. Mas a gente sabe pela inteligência que as ordens dos comandos das facções estão vindo de São Paulo, do Rio. Então, é preciso essa interação. A gente não pode sair daqui e fazer qualquer tipo de operação em São Paulo pela fronteira nossa. Então, colocaremos à mesa do Lewandowski com um balanço do que já fizemos e umas demandas para que a gente possa refazer e atualizar o plano de ação pela segurança pública”, conclui o governador da Bahia.