A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, divulgou um vídeo após dar queixa de uma agressão sofrida na Câmara de Lauro de Freitas, após a leitura da mensagem na sessão de reabertura dos trabalhos do Legislativo, nesta quarta-feira (7).
“Então, nós estamos aqui saindo da delegacia do centro da cidade, onde viemos registrar uma queixa pelo fato de termos sido agredidos na sessão solene, que é uma sessão que, pelo regimento da casa, é uma sessão para que o Poder Executivo leve a sua mensagem na abertura dos trabalhos do Poder Legislativo e que não é permitido a fala dos demais componentes, porque não é uma sessão normal, é uma sessão solene”, apontou Moema.
“E infelizmente, a partir do momento que a sessão foi encerrada após a leitura que fiz da mensagem, entretanto eu fui impedida de tentar chegar até o elevador por alguém que se colocava como se fosse um entrevistador, mas que só me perguntava e quando eu queria responder ele não me permitia responder. E eu, me dirigindo ao elevador. Ainda assim, ele foi insensível em continuar tentando me impedir de entrar no elevador e quando o elevador abriu as portas e que eu ia adentrar, ele me puxou pelos cabelos e mesmo assim eu consegui me livrar dele e entrei no elevador”, pontua a gestora de Lauro de Freitas.
Moema narra que vereadores também foram agredidos.
“E ele depois está invertendo a situação dizendo que ele foi agredido. Mas também os vereadores Almir e o vereador Edvaldo foram agredidos, inclusive foram fazer exame de corpo de delito. Nós temos aqui a presença também da vereadora Luciana, vice-presidenta da Câmara e os três estávamos aqui na delegacia para prestar essa queixa. O Vereador Edvaldo foi agredido de forma covarde porque ele estava se dirigindo ao gabinete dele quando vários elementos, com camisas, com o nome da vereadora Débora Régis foram socos e pontapés, inclusive a própria camisa dele aqui está manchada pelo pontapé, agredido por esses que não sabem conviver com o processo democrático”, criticou a gestora.
“E o Vereador Almir também. Não só a sua cabeça quanto a sua mão ferida em função dessas agressões. Quero finalizar dizendo que é preciso que essas pessoas entendam que o espaço legislativo é um espaço de diálogo e um espaço de civilidade e que a mensagem encaminhada hoje por mim, a gestora do município ao Legislativo, é uma demonstração de que os poderes devem ser autônomos e independentes, mas eles precisam ser harmônicos entre si para que se possa garantir o processo democrático e a votação dos projetos de interesse da melhoria da qualidade de vida do nosso povo”, garantiu Moema Gramacho.
O vereador Edvaldo Palhaço também contou sua versão sobre o episódio: “há muito tempo a gente da base tem sofrido ameaça e ligamentos. (…) Tentaram me pegar na porta do meu gabinete, me chamaram de vagabundo, de ‘piru’. E vim na delegacia prestar queixa, é inaceitável a prefeita ter sido agredida. Estamos registrando boletim para que ações sejam tomadas, ninguém vai ficar impune nessa”.