O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, lembrou que o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) foi seu secretário e participou de sua gestão, ao comentar a candidatura do ex-presidente da Câmara de Salvador para enfrentar seu sucessor, Bruno Reis, ao ser questionado se a candidatura de um antigo aliado gera receio em seu grupo por conhecer como se dá o processo de articulação política e as dificuldades.
Geraldo rompeu com o grupo de ACM Neto em 2022, aceitando o convite para ser o vice na chapa de Jerônimo Rodrigues.
“(Se gera receio candidatura do ex-aliado) Não, ao contrário, eu acho que temos aí uma história que mostra o que é que o vice-governador pensa a respeito do que foi feito pela cidade; ele inclusive participou como secretário da minha gestão, então eu não vejo isso como um problema, ao contrário, eu acho que você olha para a história que ele falou, etc, você vai ver que sempre foi uma história de muitos elogios, de muito recorrecimento ao trabalho que nós fizemos e eu acho que não é por outro motivo, inclusive que ele fez parte como meu secretário, tá certo?”, relembrou ACM Neto.
“E aí caberá o povo tomar sua decisão, fazer o seu julgamento, o povo é livre pra decidir, vai decidir, de forma mais consciente, correta, na minha opinião, sem dúvida alguma, reconhecendo o trabalho de Bruno e dando a Bruno mais 4 anos”, apontou o ex-prefeito de Salvador.
O ex-prefeito avalia que o comportamento crítico de Geraldo com relação a uma gestão que ajudou a construir e muito elogiou gera estranhamento e sua com base na conveniência eleitoral.
“Olha, esse tipo de contradição é que vai ser examinada na eleição pela população. Tá certo? Direito dele de ser candidato, ele tem todo direito. O partido dele de apresentar, ou ele de ser candidato, isso aí não é o problema. Tá certo? Apresentar um projeto pra Salvador também não acha que seja o problema”, avaliou Neto.
“O que me parece muito estranho é começar a criticar agora pela conveniência eleitoral. Ter participado de tudo isso, ter uma história, e tá aí as declarações todas, tudo que ele disse, que é logios, a gestão, e etc. Então agora eu vou dar o discurso, eu acho que há uma contradição, mas que não cabe a mim julgar, caberá em última análise ao povo de Salvador em outubro fazer esse julgamento”, apontou o presidente da Fundação Índigo.